Por Francisco Mellão Laraya - Tito
-- Pai, gosto daquela estrela lá no céu, pega para mim?
-- Ah! Hoje o pai está cansado, amanhã eu pego...
-- Você não quer me trazer a estrela?
-- Vai para o seu quarto dormir, menino!
E o menino foi para o seu quarto de castigo, e abriu a janela, ajoelhou e pediu de novo para o pai, só que agora era o pai do céu, na linguagem dele. E este lhe contou uma estória:
Filhinho, muitas vezes a gente procura uma estrela, sem saber bem o porquê a quer, nós a queremos só por querer, sem saber o que é, e o que representa. As coisas só devem vir na mão da gente quando nós sabemos o que é o que queremos e o que vamos fazer com aquilo. Agora eu te pergunto: o porquê queria uma estrela?
-- Sabe pai eu acho bonito!
Para que serve?
-- Não sei!
Bom está fácil! Uma estrela quer dizer um milhão de coisas, é tanta que é um tudo, é um mundo, e, no entanto é tão pequenina em você?
Queira sempre uma estrela, lute pelo que você acredita que pode ter a beleza de uma noite de inverno na tua alma! Não pense que você fez feio, eu te entendi, guarde a beleza deste pedido, deste sonho, só com você, e um dia conte para alguém!
-- Amém!