A formação do professor e o complexo universo escolar - por Tânia Dantas

A formação do professor e o complexo universo escolar - por Tânia Dantas

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E O COMPLEXO UNIVERSO ESCOLAR


Atualmente, vários são os espaços nos quais a ação educativa acontece. Por isso, apesar da escola continuar sendo o eixo central para o trabalho pedagógico e a aprendizagem do saber sistematizado, surge novas possibilidades profissionais para aqueles que se dedicam à educação noutros espaços educacionais, como nas organizações e instituições como igrejas, presídios, sindicatos, hospitais nos quais se promovam outras formas de educação, sem desconsiderar as funções sociais que cabem a cada uma dessas instituições no conjunto da sociedade. Portanto, exercer a função de educador no contexto atual não se restringe mais ao espaço da escola ou da sala de aula, mas engloba serviços profissionais encarregados de facilitar e apoiar, por diferentes meios, a aquisição de um conhecimento educacional, por meio de várias atividades orientadas para a promoção dos processos de ensino aprendizagem.
Diante deste contexto, a formação do professor é uma questão ética, de responsabilidade social e educacional, devendo adotar uma metodologia que promova o desenvolvimento deste profissional, tendo em vista a criação de espaços de participação para obter mudanças individuais e institucionais, bem como, permitir a reflexão sobre a educação e a realidade social, por meio das diferentes experiências.
As melhorias na formação e no desenvolvimento profissional do educador devem estar relacionadas às políticas educativas, às tendências e às propostas de inovação, em estabelecer caminhos para a conquista de melhorias pedagógicas, para que novas formas de atuação sejam incorporadas à prática, havendo assim, um melhor engajamento do grupo profissional, no intuito de estimular a liberdade e a emancipação dos sujeitos.
 A educação constitui-se como um dos lugares naturais de aplicação, consolidação e expansão dos direitos humanos; como um direito chave cuja negação é especialmente perigosa para o princípio democrático da igualdade civil e política; como uma arena de direitos e com direitos.
Embora, a educação tenha vindo, na atual conjuntura do capitalismo flexível e transnacional, a confrontar-se com sérios desafios que resultam de novas ideologias ou de novas concepções do papel do Estado, ela não pode alhear-se da sua contribuição, dentro da proposta de democracia comunicativa, para a criação de espaços públicos mais democráticos, para a dialogação pública, para a potenciação da voz, para a aprendizagem das diversas formas por meio das quais os direitos humanos podem ser negados, omitidos ou promovidos.
Nesse cenário, de globalização, a educação, enquanto fenômeno social, não ficou de fora das mudanças do contexto social e econômico do mundo e passou a ser vista como, “peça” fundamental para aumentar a inserção dos países em desenvolvimento na atual conjuntura produtiva. Assim, a educação tem enfrentado crises sucessivas já que houve uma transferência da esfera política para a esfera de mercado.
 

 

 

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