A notícia da morte
A notícia da morte carrega com ela;
O poder de nos reduzir à pequenez extrema;
E de nos fazer lembrar que não passamos de reles mortais;
Com prazo de validade ...exíguo e finitude garantida.
Somos nada, embora queiramos ser tudo;
E com nossa arrogância de seres humanos;
Execramos o outro e julgamos o alheio;
Altivos, portamos a bandeira do egoísmo;
Vestidos com nosso requintado traje de hipocrisia.
E naquele momento cruel e doloroso;
Da partida do ente querido ou do amado amigo;
É que nos damos conta de nossa estupidez;
Por adiar os sonhos acalentados;
Por reprimir os desejos desejados;
Por suportar o fardo da angústia desnecessária;
Por cultivar a solidão com sementes de afastamento.
E ao final, o que nos restará?
O pó, de onde viemos e para onde voltaremos;
Não temamos, portanto, a morte inevitável;
Temamos antes, uma vida medíocre e carente;
De satisfações permitidas e alegrias incontidas.
Parafraseando o poeta;
Viver, é não ter a vergonha de ser feliz!
Téia Camargo
27/10/15