A RESPOSTA DIVINA
O dia estava plúmbeo, muito frio, e aquela tristeza toda do ambiente me trouxe um pouco de depressão.
Tinha dúvidas se o meu caminho estava correto, se fazia as coisas certas, nesta minha vida que às vezes é tão difícil.
Aquilo me atormentava o juízo!
Peguei minha cachorra, pus uma boina e fui passear. Andava sem rumo pela rua, e as expressões das pessoas eram tétricas, todos sofrendo com o clima.
Nisto vejo a minha frente uma criança de cinco ou seis anos de idade, não mais, acompanhada de sua mãe que caminhavam.
A criança olhou para trás, sorriu, fez um gesto de aprovação para mim, com o polegar estendido e voltou a caminhar.
Minha alma se encheu de alegria, pois sei que o criador fala conosco através dos inocentes, das pessoas que pertencem a ele, eu estava no caminho certo!
A frente havia uma padaria, fui tomar um café em comemoração à felicidade que brotara em mim.
Sorri, e ao chegar a casa, fui abrir a minha correspondência. Foi aí que soube que um livro meu, o mais real, e por isso mais polêmico, já tirado de distribuição antes, no meu país, havia alcançado uma grande vendagem em Portugal, sem divulgação, sem propaganda, em uma terra estranha, enfim uma vitória!
E pensei comigo: “Senhor, como és grande”!