Águas de agosto
Vejo as águas do mar aos meus pés
Querendo algo de mim,
Fazendo-me lembrar o passado,
Um futuro que teve fim...
Lembro-me de uma mulher que acreditava
Nas combinações de cada signo,
Acreditava que eu era a sua alma gêmea,
Mas, por pouco tempo, fui o seu amado digno...
Eu sou, apenas, um porto inseguro
À espera de um navio de esperança,
Ondas sacolejam em minha volta
E eu me lembro de quando era criança...
Se eu fosse criança, certamente, choraria,
Por medo da imensidão do mar,
Que tem a cor daqueles olhos,
Que, por pouco, não me viram chorar...