Alvorada de um Boêmio - por Antônio Carlos Gomes

Alvorada de um Boêmio - por Antônio Carlos Gomes

A noite está morrendo.

Desce a lua enterrada

Com séquito de estrelas...

Baila o funeral!

Bate luz. O sol exala

Seu canto matinal.

 

Segue a lua seu cortejo,

Corre o sol substituindo.

 

Desce o homem

Nas calçadas.

Que estrela ele será?

Está a lua seguindo,

Não quer ver

Não verá?...

 

Bate o sol com seus raios

Do funeral é o final.

E o homem segue rápido,

Fugindo!

Caminha na rota das ruas.

 

Para o homem na calçada...

Olha o céu...

O séquito sumiu.

Que é da lua?

 

Olha bem...

O sol surgiu.

Nasce uma nova alvorada

Novo sol

Novo cantar.

 

Ele bobo

Não diz nada.

Toma seu rumo

Vai deitar.

 

 

12/11/1971

www.tony-poeta.blogspot.com

 

 

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