AMIGA DOS MEUS ESTUDOS
Vejo te em tantas mãos
De jovens e de anciãos
Teu rastro fica no papel
Da escuridão, do não saber
Para a clareza trazer
Fazendo cair o véu
A turma te usando competia
Qual era a melhor caligrafia
Pra agradar à professora
Que ajudando a nos educar
Para a vida enfrentar
A nossa segunda mãe fora
No principio tu eras “Pena”
De ave grande ou pequena
Depois te tornaste Caneta
E, por último, Lapiseira
Que usamos a vida inteira
E ninguém a ti objeta
Quando ainda eras Pena
Não estavas só em cena
E mesmo “caneta tinteiro”
Pois, um vidro de tinta havia
Onde seu bico se introduzia
E era teu companheiro
Muitos eram os fabricantes
Deste item tão importante
Que, com tinta, escrevia
E, se ela pingava, então
Havia um “mata-borrao”
Que a toda ela absorvia
O primeiro era JOHN FABER
De macio escrever
O segundo era COMPACTOR
O terceiro era ESTUDANTE
Que me foi tão importante
Da aula essencial fator
Por fim, surge a esferográfica
De tanta qualidade gráfica
Era chamada lapiseira
Podia a carga trocar
Para o custo baratear
Ainda carregar na algibeira
E surgiram tantas marcas
Mas, de todas a monarca
E que ainda hoje é popular
É a tradicional Bic
Que todos pediram: “fique”
E se encontra em todo lugar
Para impressionar meus amores
Eu te usava nas quatro cores
Verde, vermelho, preto e azul
Pintava, o sol, a lua,
As casas, o céu, a rua
Também o cruzeiro do sul
E, mesmo tendo hoje em dia
Tanta tecnologia,
Duvido que alguém consiga
Ficar sem esta companheira
Caneta ou lapiseira
E que é uma velha amiga.