Amiga dos meus estudos - por Antonio Eustáquio Marciano

Amiga dos meus estudos - por Antonio Eustáquio Marciano

AMIGA DOS MEUS ESTUDOS

 

Vejo te em tantas mãos

De jovens e de anciãos

Teu rastro fica no papel

Da escuridão, do não saber

Para a clareza trazer

Fazendo cair o véu

 

A turma te usando competia

Qual era a melhor caligrafia

Pra agradar à professora

Que ajudando a nos educar

Para a vida enfrentar

A nossa segunda mãe fora

 

No principio tu eras “Pena”

De ave grande ou pequena

Depois te tornaste Caneta

E, por último, Lapiseira

Que usamos a vida inteira

E ninguém a ti objeta

 

Quando ainda eras Pena

Não estavas só em cena

E mesmo “caneta tinteiro”

Pois, um vidro de tinta havia

Onde seu bico se introduzia

E era teu companheiro

 

Muitos eram os fabricantes

Deste item tão importante

Que, com tinta, escrevia

E, se ela pingava, então

Havia um “mata-borrao”

Que a toda ela absorvia

 

O primeiro era JOHN FABER

De macio escrever

O segundo era COMPACTOR

O terceiro era ESTUDANTE

Que me foi tão importante

Da aula essencial fator

 

Por fim, surge a esferográfica

De tanta qualidade gráfica

Era chamada lapiseira

Podia a carga trocar

Para o custo baratear

Ainda carregar na algibeira

 

E surgiram tantas marcas

Mas, de todas a monarca

E que ainda hoje é popular

É a tradicional Bic

Que todos pediram: “fique”

E se encontra em todo lugar

 

Para impressionar meus amores

Eu te usava nas quatro cores

Verde, vermelho, preto e azul

Pintava, o sol, a lua,

As casas, o céu, a rua

Também o cruzeiro do sul

 

E, mesmo tendo hoje em dia

Tanta tecnologia,

Duvido que alguém consiga

Ficar sem esta companheira

Caneta ou lapiseira

E que é uma velha amiga.

 

 

 

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