Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
André Carretoni, nascido no Rio de Janeiro, em 11/01/1971, cedo se apaixona pelas artes; aos 27 anos, graças aos seus conhecimentos de informática, dá uma reviravolta em sua vida e parte do Brasil, à procura de novas experiências.
Vive por seis anos em Lisboa; faz o Caminho Português de Santiago de Compostela, inscreve-se em um curso de pintura em Florença e escreve “Piedade Moderna”, seu primeiro romance. Vive por dois anos na Suíça; escreve “Mais Alto que o Fundo do Mar”, envia contos e crônicas para os sites Tertúlia e Bonjour Brasil e frequenta o Laboratório de Escritura Criativa à Distância do Instituto Camões.
Depois de quatro anos em Paris, no encalce da Geração Perdida, instala-se em Nice, publica seu livro “Mais Alto que o Fundo do Mar” em francês (“Plus Haut que le fond de la Mer”) e escreve “TELMAH, A Tragédia do Desencontro”.
“Sua originalidade e, com isso, a certeza de que muitas pessoas irão lê-la duas vezes. Na primeira, irão se surpreender; na segunda, irão lê-la como se a estivessem lendo pela primeira vez.”
Boa leitura!
Escritor André Carretoni, é um prazer contarmos com a sua participação
na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o motivou a ter gosto pela
arte de escrever?
André Carretoni - O escritor americano Ernest Hemingway, mesmo que tenha sido de fora para dentro. No início, eu me apaixonei pela sua vida; em seguida, apaixonei-me pelos seus livros; e, finalmente, apaixonei-me pelo seu estilo literário. Até hoje, não há nada que simbolize mais a minha busca como escritor do que a Teoria do Iceberg, princípio que ele dominava.
Em que momento se sentiu preparado para escrever o seu primeiro livro?
André Carretoni - Eu não vim para a Europa para trabalhar com computadores, eu vim para viajar, aprender línguas e escrever. A informática foi apenas um meio. Contudo, eu tive de esperar seis anos para me sentir pronto. Eu tive de percorrer um longo caminho para descobrir, enfim, aquilo que eu tinha para dizer.
Claro que existem escritores que não precisam viajar e escritores que entenderam o mundo sem saírem de casa, mas, no meu caso, isso foi essencial para mim.
Apresente-nos “Piedade Moderna”
André Carretoni - Eu o escrevi em apenas 12 dias. Eu aluguei um quarto em Florença e, durante 12 manhãs, sentei-me decidido a escrever 5000 palavras por dia. Não importava o quê. Eu tinha de escrever. Tinha de dobrar o cabo. Aliás, nem história tinha na cabeça. Comecei a escrever minhas memórias como se fossem histórias separadas e, no final, coloquei tudo em uma ordem capaz de criar uma vida imaginária. O livro são 15 anos de minha vida que se passam durante seis meses da vida de um personagem.
Conte-nos como foi a construção de “Mais Alto que o Fundo do Mar”?
André Carretoni - Com esse já foi diferente. Com Piedade Moderna, meu desafio foi conseguir escrever; com Mais Alto que o Fundo do Mar, foi escrever melhor. E sei que consegui. Uma história que nasceu de um conto de uma página e dos conselhos que encontrei no livro “On Writing”, do escritor Stephen King.
Quais critérios foram utilizados para escolha do título?
André Carretoni - Eu queria um título que me lembrasse da Teoria da Relatividade. Tudo é relativo. Tudo depende do ponto de vista. Ideia que trouxe com mais força no meu novo livro.
Por que ler “Mais Alto que o Fundo do Mar”, também lançado em francês
“Plus Haut que le fond de la Mer”
André Carretoni - Porque esse livro é uma mensagem de esperança. Desistir é libertar-se. Perder tudo significa que não precisamos mais ter medo de perder. Tocar o fundo significa que alcançamos o lugar mais alto de nossa alma, se soubermos escolher o ponto de vista.
Apresente-nos “TELMAH, A Tragédia do Desencontro”
André Carretoni - É uma história de amor que se passa em Madri, em março de 2004 (uma semana após o 11-M). É a história de Hélio Parfia, um brasileiro que chega à Espanha para escrever uma homenagem às vítimas do atentado e que é surpreendido pela vida de uma maneira inusitada. Tudo isso regado por um ato heroico, reflexões sobre a globalização e diálogos e personagens do teatro elisabetano.
O que mais o encanta nesta obra literária.
André Carretoni - Sua originalidade e, com isso, a certeza de que muitas pessoas irão lê-la duas vezes. Na primeira, irão se surpreender; na segunda, irão lê-la como se a estivessem lendo pela primeira vez.
Como está sendo os preparativos para o lançamento da obra.
André Carretoni - Uma das melhores coisas de se trabalhar com a Editora Chiado é que ela está presente no Brasil e em Portugal, já que tenho amigos e familiares e vivi em ambos os países. A ideia é fazer dois lançamentos: um em Lisboa e outro no Rio de Janeiro. Em Lisboa, onde pretendo estar em abril, irei participar de alguns eventos; no Rio de Janeiro, ainda em 2019, quero fazer um lançamento caritativo com o Instituto PHI (https://institutophi.org.br/).
Onde podemos comprar os seus livros?
André Carretoni - “TELMAH, A Tragédia do Desencontro” será vendido através do site da Editora Chiado e estará fisicamente presente em algumas livrarias do Brasil e de Portugal.
https://www.chiadobooks.com/livraria/telmah-a-tragedia-do-desencontro
Se alguém quiser ser informado da data exata de seu lançamento, basta inscrever-se para receber minha newsletter (www.carretoni.com).
Sobre meus dois primeiros livros, eles estão esgotados.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer
melhor o escritor André Carretoni. Agradecemos sua participação na
Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos
leitores?
André Carretoni - Obrigado. Obrigado por ainda se interessarem por livros, obrigado pela curiosidade de ler algo sobre um escritor que ainda não conhecem, obrigado por me fazerem acreditar que nem tudo está digerido e que ainda há pessoas que buscam perguntas, respostas e novas experiências também na literatura portuguesa.
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