Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Ângela Maria C. Gaspar Caboz tem 49 anos, é natural de Tavira (Santiago) e apaixonada desde sempre por leitura, música e cinema. Escreve com o “coração nas mãos” sobre os sentimentos que lhe habitam na alma e que reflectem a sua maneira de ver e sentir o mundo real, que a rodeia. Publicou, em Setembro de 2014, o seu primeiro livro exclusivamente de poesia, «À Procura de Um Sonho»; em Julho deste ano, publicou «Amo-te Miúdo Tonto» e tem várias participações em obras colectivas.
“Queria que existisse, na história, a ideia de que os amores nem sempre são perfeitos, mas que, mesmo assim, podem ser grandes amores e marcar momentos que nos fazem felizes.”
Boa Leitura!
Escritora Ângela Caboz, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Após o sucesso com a publicação do seu livro «À Procura de Um Sonho», está com novo lançamento. O que a inspirou a escrever «Amo-te Miúdo Tonto»?
Ângela Caboz - Este novo livro é um projecto num formato diferente. Depois de um livro exclusivamente dedicado à poesia, que é a minha grande paixão escrita, agora decidi arriscar um pouco e editei um livro que apresenta alguns textos, todos eles pequenas crónicas. Já há algum tempo que escrevia neste formato e resolvi escolher alguns que poderiam estar interligados entre si de modo a construir uma história. E o resultado está aí: o meu novo livro «Amo-te Miúdo Tonto».
Conte-nos um pouco mais sobre este novo livro.
Ângela Caboz - Conforme já referi, este livro conta uma história, ou, pelo menos, deixa que o leitor idealize essa história, através de pequenas crónicas. E essa história conta a história de um amor entre duas personagens, a miúda gira e o miúdo tonto. Os textos falam de como esse amor surgiu, como evoluiu e as mudanças que ele fez nas vidas de cada um dos personagens. Descreve as suas emoções, sonhos e até alguns receios que foram surgindo no dia-a-dia das personagens.
O que mais a encanta no enredo que compõe «Amo-te Miúdo Tonto»?
Ângela Caboz - O que mais encanta nestes textos é o facto de eles revelarem sentimentos profundos e o facto de cada um de nós se conseguir identificar com aquela maneira de sentir o amor. Posso dizer, sem grandes dúvidas, que já todos nós vivemos paixões iguais à que esta história descreve.
Quais foram os principais desafios para a construção do enredo que compõe esta obra?
Ângela Caboz - O maior desafio foi construir dois personagens com vidas idênticas às de qualquer ser humano normal. Personagens que vivam sentimentos reais... em que nem tudo tenha um aspecto “cor-de-rosa” e um final feliz. Queria que existisse, na história, a ideia de que os amores nem sempre são perfeitos, mas que, mesmo assim, podem ser grandes amores e marcar momentos que nos fazem felizes.
Dizem que os personagens têm muito dos seus autores. Qual dos personagens de «Amo-te Miúdo Tonto» tem mais de você? Por quê?
Ângela Caboz - Claro que os personagens têm sempre algo nosso! Afinal, são construídos a partir dos nossos sentimentos. Neste caso, é óbvio que a personagem da “miúda gira” tem algo de mim. Existe nela muito da minha maneira de viver a vida, muito da minha maneira de sentir os amores. Ela é uma sonhadora e esse é um dos meus grandes defeitos.
Você já participou de várias antologias. Qual foi a participação que mais a marcou? Por quê?
Ângela Caboz - Sim, já participei em mais de duas dezenas de antologias. Sem qualquer desprestígio para as restantes, a que mais me marcou foi a primeira em que participei, «A Essência do Amor – Volume I», da Edições Vieira da Silva. E talvez por isso mesmo, porque foi a primeira e marca o meu arranque nesta aventura pelo mundo literário. Antes, nunca tinha arriscado a mostrar o que escrevia, e o facto de esse poema ter sido aceite, para estar incluído nessa antologia, deu-me um incentivo extra para continuar. Mais tarde, entrei também no III Volume deste projecto, e esta participação no projecto será sempre muito importante para mim.
Onde podemos comprar o seu livro?
Ângela Caboz - Tal como o primeiro, também este livro, «Amo-te Miúdo Tonto», apesar de ser editado através de uma editora, é um projecto independente. Por isso, o livro está a ser comercializado por mim. Poderão adquiri-lo contactando-me directamente através de
https://www.facebook.com/angela.caboz ou então
https://www.facebook.com/Angela-Caboz-escritora-1701926256699558/
Qual o tipo de textos que gosta de ler?
Ângela Caboz - Gosto de ler poesia, como é óbvio. Mas também gosto de outros registos, como prosa poética, crónicas, romances e outros.
O que mais a encanta na leitura destes textos?
Ângela Caboz - Gosto especialmente de textos onde existam sentimentos. Porque, para mim, escrever é sempre para soltar os sentimentos que temos armazenados em nós.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Ângela Caboz. Agradecemos a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que cada leitor pode fazer, em sua opinião, para ajudar a vencermos os desafios encontrados no mercado literário nacional?
Ângela Caboz - Se cada leitor comprar habitualmente um livro dentro do género de que mais gosta de ler, está, de uma maneira fácil e simples, a ajudar o mercado literário, porque o grande problema é que cada vez menos pessoas se sentem motivadas para ler, e depois os livros não se vendem e os escritores acabam por não arriscar a editar as suas obras.
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