Carta a 2016 - por Silva Neto

Carta a 2016 

Por Silva Neto

 

Um lugar qualquer, 31 de Dezembro de 2015

 

Prezado Amigo 2016

 

Sei que estás de volta ao nosso convívio por mais 365 dias. Sei, também, Amigo, que não tens pressa. Todavia, nós, humanos, vivemos atiçando a máquina do tempo a todo instante com nossos estresses, desejos de realizações, buscas inúteis, erros e acertos fazendo com que o tempo apresse seus passos.

Desejo tanto a tua chegada!

É como que deixar para trás uma etapa não integralmente cumprida apostando em um recomeço com muita coragem e determinação. É esse o pensamento de todos, embora existam exageros, tu bem sabes.

Há uma ignorância total à tua espera. As pessoas usam roupas bonitas, maquiagens, perfumes, enfeitam suas casas, principalmente, suas mesas com guloseimas, bebidas, e esquecem de ornamentar seus corações. Quando tu chegas, elas abraçam umas às outras dando a impressão de um perdão coletivo e definitivo às ofensas. Mas, eu percebo o gesto como uma espécie de bajulação a ti, claro!

Guardadas as devidas exceções, as pessoas fingem perdoar, fingem amar ao próximo só naquele momento. Após tua chegada, e permanência entre nós, elas esquecem tudo e passam a viver egoisticamente o restante do ano.

 

Amigo, tu não percebes os exageros de que te falo?

 

A queima de fogos, por exemplo, quanto primitivismo e falta de lógica. São queimadas toneladas e toneladas de fogos multicores colorindo o céu, deixando as pessoas extasiadas por apenas quinze minutos. Essa queima de fogos gera problemas irreversíveis para os animais domésticos, aves e insetos. Sim, insetos. O bloco de fumaça tóxica afugenta os insetos que são levados sem rumo pela corrente de ar infestando as cidades sem que as pessoas percebam. Daí a proliferação de mosquitos, doenças, epidemias.

É triste, meu amigo, a ignorância humana. Literalmente queimam milhões de dinheiros público em detrimento à saúde, à educação, à segurança do cidadão.

É impressionante o que fazem na tua chegada, sem fazer menção a ingestão de bebidas alcoólicas e drogas.

Acho que é bom parar por aqui, senão, corro o risco de não ver o Amigo logo mais chegar.

Mas, confessas, Amigo, quais as tuas intenções em vir? Pensando, aqui, com meus botões acho que tu vens pelas crianças, pelas famílias, pelas pessoas do bem, por aquelas que alimentam um fio de esperança por dias melhores. Enfim, por aqueles que lutam incessantemente pelos seus ideais. Estou certo?

Costumamos colocar a culpa em ti quando nada dar certo. Mas, somos nós os próprios culpados pela nossa incúria, bem o sei.

Como estás próximo, Amigo, espero que tu chegues com toda força. Perdoa as babaquices dos humanos, seus exageros, suas bestialidades. Concentras todo o teu pensamento no bem, no amor ao próximo e serás bem-vindo.

Feliz pela tua chegada estarei!

Teu Amigo,

 

João B. S. Neto

 

e-mail; joao.digicon@gmail.com

 

  

 

 

 

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