Cheque Mate Comportamental – Por Silva Neto
Existem limites que devemos impor para frear nossos impulsos na medida em que nos encetamos o convívio social. Esse impulso natural, difícil de frear, observado, sobretudo, entre pessoas extrovertidas, às mais das vezes fere a suscetibilidade de alguém, levando-o ao melindre exacerbado.
Quem já não se sentiu sem chão ao deixar escapar um comentário inoportuno? E quem não se sentiu sem graça ao ouvir um comentário infeliz a seu respeito? Ações inconsequentes assim, muitas vezes, frutos de comportamento extrovertido daquele que fala ou age impulsivamente fere, sem querer, o ego alheio. A propósito, em todas as esferas sociais, principalmente, no universo político, quantas insanidades se ouvem diariamente? Sem citar nomes, porque citá-los seria provocar a suscetibilidade alheia, deixo a cargo de o leitor identificar.
Mas, nem tudo se deve atribuir ao comportamento digamos descuidado do indivíduo extrovertido. Mesmo porque, sendo o pensamento anterior ao ato de falar ou agir, conclui-se que “enfiar o pé na jaca” muitas vezes é descuido proposital, má educação e desrespeito ao ser humano. Saber falar no momento oportuno é saber ouvir. Nesse quesito o introvertido leva a melhor. Embora seja considerado lento, tímido e insociável, o indivíduo introvertido sempre é comedido e racional na hora de tecer comentário.
Enfim, o introvertido consciente seria, no mínimo, um bom jogador de xadrez. Ele tem o carisma e a sabedoria do mestre. A conclusão é sua, quase sempre, em toda discussão. Seu lance habitual é o cheque mate.
e-mail: João.digicon@gmail.com