CONFISSÕES
Eu te olhava
E me perdia de paixão.
Navegava na tempestade tua
Que me irrigava o corpo
Trêmulo de tesão.
Entre frases e carícias atrevidas,
Nossos desejos sem medidas
Expandiam-se pelos ares.
Eu me entregava sem pudor
E tuas mãos apertavam
Minha pele eriçada,
E seguíamos nós,
Sob uma chuva de estrelas
Em nossa frenética cavalgada.
De olhos fechados,
Nesse instante, eu me fazia musa,
E nossos gemidos
Eram poemas rimados
Que no vento ecoavam em brados
Misturados a suor e calor.
E na opulência do instante,
Nossos corpos arqueados
Davam-se entrelaçados
Ao mais puro poema de amor!