CORES DESVANECIDAS
Derramo nestas cinzas
O sangue quente da minha poesia
Nos tons cinzentos a minha nostalgia
O verde já não se quer pintar
E um horizonte teima em fugir
E apagar as cores do meu arco íris
Com lágrimas de um céu a chorar
Onde o azul não quer morar
E as estrelas pararam de brilhar
Todo o tom dourado se extinguiu
No vínculo de uma veste branca
Onde só a minha alma cantava
O sonho de voltar a ser criança
Brota da terra a cor escrava de uma raiz
Negra, espessa e sem ser feliz
Enterra um segredo no cunho da mente
Onde se afaga e respira a cor desejada
Em mutações todas as cores pintadas
No aroma de uma violeta esquecida
As pétalas foram perdendo a vida
E tudo se enterra nesta terra prometida
Publicado em 07/04/2014