In “Paradigmas - Poesia“
Coletânea Edições Colibri, 2016
Dizer da saudade que se alonga
escutar o nome da morte
dor eternizada
presente
cravada
tangente
aves rasando o céu
prolongando asas
na liberdade
que nos falta.
Dizer da ausência
pedra arremessada ao vento
os estilhaços
no peito
ferido
aberto
ao tempo.
Dizer silêncios diluídos na brisa
onde as saudades se grudam.
Guardar as cinzas na água vertida sobre os rostos.