Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Douglas Jefferson, natural de Taubaté (SP), escreve desde pequeno. Da infância, usando lápis e cadernos, passou a usar uma velha máquina de escrever na adolescência, época em que datilografava histórias fantásticas com inúmeros personagens. É estudante de Filosofia na Faculdade Dehoniana e idealizador do projeto Caixa Carpe Diem, presente atualmente em sete países e em todos os Estados do Brasil, além de coadministrador, junto de Ester Barroso, da página Moça, você é mais poesia que mulher, que conta com um total de quase 2 milhões de seguidores. No fim de 2015, sagrou-se vencedor do segundo lugar no VI Concurso Nacional Pérolas da Literatura, promovido pela prefeitura de Guarujá (SP), na categoria poesia adulto.
“Foi assim que surgiu o gosto, mas só coloquei em prática a minha própria expressão poética após experiências, como paixões e decepções”
Boa Leitura!
Escritor Douglas Jefferson, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que o motivou a ter gosto por textos poéticos?
Douglas Jefferson – Muito obrigado pelo espaço. Comecei a gostar de arte poética ao ler uma coletânea dos principais poemas de Manuel Bandeira, Estrela da Vida Inteira. Foi tão marcante em mim, que até hoje sinto a influência desse poeta em minha escrita. Foi assim que surgiu o gosto, mas só coloquei em prática a minha própria expressão poética após experiências, como paixões e decepções.
Como surgiu a parceria com a autora Ester Barroso para publicação de “Nascente”?
Douglas Jefferson – Nós já éramos amigos e parceiros de projetos literários na internet, então um dia conversamos sobre a possibilidade de publicar, juntos, algum material autoral. De início, pensamos em organizar antologias de membros dos grupos de poesia que a gente administra na internet, mas acabamos por optar em selecionar nosso próprio trabalho. Para mim, é uma honra que meu primeiro livro seja em coautoria com Ester, pois ela é uma das melhores poetisas que já li em toda a minha vida.
Que estilo de textos poéticos estão sendo apresentados nesta obra literária?
Douglas Jefferson – O estilo de Ester é distinto do meu, mas ambos somos bem ecléticos e abordamos diversos temas em diversas formas. Ester possui versos mais ácidos, que arrebatam e brincam com os sentidos; a minha expressão, por sua vez, é mais melódica, ritmada, pois gosto de dar balanço aos poemas. Há bastante crítica social, filosofia, paixão, ternura, melancolia, dúvida e inquietação.
No total, quantos textos estão sendo apresentados?
Douglas Jefferson – 85 poemas, sendo 45 de Ester e 40 de minha autoria, mas em número de caracteres e de páginas, estamos bem equilibrados.
Apresente-nos um dos textos publicado em “Nascente”.
Douglas Jefferson – (D)EFEITO BORBOLETA, Douglas Jefferson (página 99):
Lá vai ela, a borboleta destemida
De nome Aquarela a errar o caminho.
Poderia tê-lo acertado e poupado o espinho
De meu futuro discreto, meu futuro sozinho.
Nem meu anjo da guarda pôde me ajudar
Visto que o vento era mais forte que seu sopro.
O primeiro beijo, nossos filhos, o altar...
Tudo tirado de mim e dado a outro.
Pousou na folha, enquanto deveria na flor.
Findou-se escolha, nunca conhecerei meu amor.
Tudo mudado numa maldita fração de segundo
Que faz meu coração chorar no fim do mundo.
Além de textos poéticos, você escreve em outros segmentos literários?
Douglas Jefferson – Por causada faculdade, já produzi artigo científico. E por hobby mesmo, há alguns anos escrevi cinco contos de comédia no intuito de transformá-los em audiolivro.
Onde podemos comprar o seu livro?
Douglas Jefferson – Pelo site da Editora Penalux, clicando no seguinte link: https://www.editorapenalux.com.br/loja/product_info.php?products_id=593.
Você é administrador do projeto “Caixa Carpe Diem”. Conte-nos como surgiu, seu objetivo e quais atividades são desenvolvidas pelo projeto?
Douglas Jefferson – O projeto surgiu em 1º de janeiro de 2015, em uma conversa com a amiga Natália. Trata-se de caixas de poesia, onde cada participante recebe o material por e-mail, imprime e coloca dentro de alguma caixa de sua preferência, devendo retirar um poema de dentro dela todos os dias, durante um mês, e passar a caixa para outra pessoa depois que todo o material chegar ao fim, formando uma corrente poética. No final de cada poema, há uma proposta de ação do bem para a pessoa realizar durante o dia. Outra atividade proposta é a de tirar uma foto da caixa em um ponto público da cidade e enviar, por e-mail, com um depoimento contando a experiência com o projeto.
Como deve proceder quem desejar participar do projeto “Caixa Carpe Diem”?
Douglas Jefferson – Basta enviar um e-mail para caixacarpediem@outlook.com e solicitar o envio do material.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Douglas Jefferson. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Douglas Jefferson – Fico feliz em poder divulgar meu trabalho aqui e lhe parabenizo por incentivar escritores e novos leitores. Considero importante a manutenção desses espaços, pois eles acabam por “catalisar” a produção literária e despertar a curiosidade e o fascínio de quem lê. Desejo que vocês, leitores aqui presentes, nunca abandonem a poesia. Mas a poesia de verdade, aquela que é sincera, visceral, com fim em si mesma. Que essa arte possa encontrar o caminho seguro até seus corações, fazendo-os suspirar, sorrir, se arrepiar e marejar os olhos. Cada momento assim, em que um ser humano é tocado, reverbera em seus atos, como uma peça de dominó que move outras peças por gerações. É isso que faz a vida valer a pena. Para encerrar, termino usando as palavras do grande professor Maurilio Camello, responsável pelo prefácio de “Nascente”: “No mundo sombrio em que vivemos, em que falta poesia e sobra materialismo, é um gesto que salva”.
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