Esta incógnita chamada Escritor - por Mirian M. de Oliveira

Esta incógnita chamada Escritor - por Mirian M. de Oliveira

ESTA INCÓGNITA CHAMADA “ESCRITOR”

(SER OU NÃO SER : EIS A QUESTÃO!)

Mirian Menezes de Oliveira

 

“Ser ou não ser: Eis a questão!”... “O sapo não lava o pé, porque não quer...”

De Shakespeare à cultura popular!

Seriam estas frases desconexas?!

Aparentemente, sim, mas estes dizeres sempre vinham à minha mente, em um tempo do qual já não me lembro muito bem, em situações, nas quais não tinha nada o que dizer... “ O sapo não lava o pé, porque não quer...” Estranho, não?!

Até hoje, não consigo compreender quais eram os íntimos motivos, que me levavam a proferir estas frases, nos minutos de VAZIO, portanto seus significados, nos mais diversos contextos, eram múltiplos... Poderiam significar tanto: “Estou muito feliz!”, quanto “Não sei o que fazer!”... ou ainda “Ai que dor no pé!”

Houve um tempo em que esta mania foi se tornando tão forte, que “me surpreendia”, em diversas circunstâncias, repetindo as mesmas frases, acrescidas de uma do Grupo Titãs: “NÃO é o que não pode ser...QUE NÃO É!”.

A “loucura linguística” repetia-se como um mantra desordenado e, por sorte, escapei disso!

Seria sorte?!

Até que era engraçado!

Bom! Isso não vem ao caso!

Pois foi numa dessas circunstâncias estranhas de VAZIO (Não me peçam para defini-lo!), que me vi no intervalo de uma reunião de trabalho, proferindo as duas primeiras “frases-pérola”, oscilando do clássico ao popular.

IMPORTANTE: Eu já havia publicado um livro “solo” e vários textos em Antologias, o que me conferia um modesto status de AUTORA DESCONHECIDA... Parece-me que algumas frases, de autoria ou não, surtiam efeitos inesperados, em determinados momentos, quando brincava com as pessoas! Minha retórica tornou-se bastante analisada, sob o aspecto linguístico!  Quanta responsabilidade!

Após mencionar as duas frases, no momento do VAZIO, a colega de trabalho,  com o olhar sério, fitou-me e perguntou desconfiadíssima:

_ O que você quis dizer com isso?

_ Nada!

_ Impossível! Alguma coisa você quis dizer com estas frases!

_ E se te disser que não quis dizer, absolutamente, nada?!

_ Pois eu não acredito!

_ Pois posso lhe afirmar que não pretendo frisar, absolutamente, NADA! Encontro-me em um MOMENTO VÁCUO!

_ Pare com isso! Você não me engana! Sou da área também! Você não pronunciou estas frases à toa. Há intenções em tudo o que dizemos, ou escrevemos, portanto, suas intenções não estão claras para mim, mas sei que há algo implícito no que disse!

Que maçada!

Minha colega tinha razão, mas foram tantas horas de discussão, em torno das frases, que senti que o polêmico questionamento: “Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?” era muito mais simples. Por que não escolhi esta frase?!

A partir daí pensei na responsabilidade de escrever e citar “literatura”... digo “literatura”, mesmo! Aquela que não se curva ao “engomadinho” e falso POLITICAMENTE CORRETO... a literatura da alma!

Sim! O ESCRITOR é uma “caixinha de surpresas”: inventa “verdades”... transforma em ficção a VIDA... sintetiza o DURO EXISTIR em metáforas. Profere “pérolas”, mas também fala bobagens!

Esta incógnita chamada “ESCRITOR” transforma-se em: x, y ou z, de acordo com o LEITOR de plantão! Este, sim, será o grande solucionador da EQUAÇÃO.

Aliás, que “coisa linda” é o LEITOR: SER ENCANTADO E DECIFRADOR DE DISCURSOS!

Um bom leitor  motiva o escritor!

SALVE, SALVE, Ó LEITOR! SEM VOCÊ, QUE “GRAÇA” TERIAM OS TEXTOS?!

 

A propósito...

Alguém sabe me dizer, se “O sapo não lava o pé, por que não quer?!”

Deixem para lá!

 

 

 

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