Estudo, trabalho e espiritualidade
Esforçar-se é louvável, digno e honrado em quaisquer circunstâncias dos estudos e do trabalho. A rigor, quem aprende, quem estuda para aprender, tem, de acordo com o próprio tempo destinado, a colheita em forma de conhecimento elevado ou superficial, conforme tenha se aprofundado ou não. A rigor, também, quem trabalha, quem faz o serviço de alguma atividade profissional, também colhe frutos em matéria da recompensa, o salário ou o pró-labore e, muito mais, aos efeitos do seu trabalho como contribuição à sociedade em amplidão ou em reduzido efeito, conforme tenhamos nos dedicado mais ou menos e a depender da equipe que pertencemos e da situação laboral que enfrentamos.
A colheita do estudo e do trabalho sempre há, porque nenhum esforço é vão. Quando plantamos no estudo e no trabalho aguardamos que essa colheita seja positiva, mas nem sempre ocorre isto. Por vezes, o efeito é contrário, nos atrapalhamos e nos confundimos e o efeito positivo só será sentido muito tempo depois, talvez, até, depois da nossa morte. E, como toda atividade, o estudo e o trabalho também guardam relação com Deus. No entanto, quando nossa prática profissional se alicerça no tempo de Deus, seus frutos se estabelecem plenamente e se realizam um sem número de boas colheitas com naturalidade e sem nenhum obstáculo. Muitos esquecem disso... E querem apenas produzir sem a devida reflexão, no sentido espiritual, no sentido sagrado, sobre quais frutos aquele estudo e aquele trabalho irão ter no futuro, que bases do passado tiveram e como chegaram ao nosso presente. Muito existe, nesse sentido, no mundo, hoje em dia... mas, não se pode querer resultados sem se considerar o processo. Os fins não justificam os meios. O meio pelo qual se faz é tão importante quanto o que se faz, bem como o tempo em que se faz.
Que a nossa vida possa refletir tanto o esforço e a diligência no estudo e no trabalho, quanto à observância dos desígnios cósmicos e incomensuráveis de Deus na nossa própria existência e na dos outros, dos nossos semelhantes. Jesus disse: “(...)Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.” Ter em mente tão elevado critério, é, a um só tempo, esforçar-se e deixar Deus ser Deus na nossa vida, ao mesmo tempo. Paz e luz.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)