Fases do Abuso Sexual: envolvimento, interação sexual, sigilo, revelação e negação
Uma sucessão de fases que podem didaticamente serem separadas: envolvimento, interação sexual, sigilo, revelação e negação (XAVIER e SANTANA, 2001).
Segundo os autores, a fase do envolvimento pode ser descrita como fase de “sedução” ou “paquera”. O adulto começa a apresentar à criança as atividades sexuais como se fosse jogos ou brincadeiras, como algo “especial” e divertido. A segunda fase é a de interação sexual propriamente dita. Há a evolução do contato sexual, desde brincadeiras que expõe o corpo da criança, passando por toques, carícias e beijos, até a ocorrência de sexo oral, anal ou vaginal. A fase do sigilo ou segredo é de extrema importância. Nesta fase o abusador usa seu poder para manter a criança ou o adolescente em silêncio, utilizando para isto ameaças ou compensações.
A revelação acontece quando alguém ou alguma coisa é descoberta (XAVIER e SANTANA, 2001).
ü Formas de abuso sexual
Existem duas formas de abuso sexual que os adultos podem praticar contra as crianças e os adolescentes: com contato físico ou sem contato físico. Nos dois casos, o adulto abusa do jovem para conseguir algum tipo de prazer ou satisfação interior (BALLONE, 2004).
a) Com contato físico:
- Violência sexual: forçar relações sexuais, usando violência física ou fazendo ameaças verbais;
- Exploração sexual de menores: pedir ou obrigar a criança ou o jovem a participar de atos sexuais em troca de dinheiro ou outra forma de pagamento.
b) Sem contato físico:
- Assédio: falar sobre sexo de forma exageradamente vulgar;
- Exibicionismo (ato obsceno): mostrar as partes sexuais com intenção erótica;
- Constrangimento: ficar de longe observando jovens ou crianças sem roupa ou ficar olhando de maneira intimidatória;
- Pornografia infantil: tirar fotos ou filmar poses pornográficas ou de sexo explícito.