In “Paradigmas - Poesia“
Coletânea Edições Colibri, 2016
Fechemos o olhar,
deixemos que as gaivotas penetrem o grito
em nós.
Então, a terra ocre será leve
na hora do crepúsculo
entontecendo.
Sorvamos os salpicos das nuvens
e olhemos as imagens
esfumando-se
sob o “azur”
silenciosas
porque ténue é a lembrança
dos dias felizes.
Fruamos cada momento
que a brisa nos sopra
e o vento rouba.
A natureza é mãe
e sempre nos ressuscita.