Filosofia Existencial - por Marcelo Allgayer

Filosofia Existencial - por Marcelo Allgayer

Uma vez tentei ler um livro de Jean Paul Sartre; contudo, fiquei na tentativa. Eram frases que giravam em torno do ser e o nada. Um ateísmo irritante e categórico em que cada virar de página tornava a leitura cada vez mais desgastante. Não sei se deveria ter mais conhecimento do assunto para ler o livro na íntegra, mas o fato é que, por ser adepto da religião católica, achei que a obra do eminente filósofo, já falecido, nada me acrescentaria para minha vida pessoal.

A principal frase que marcou a filosofia de Sartre, muitos concordam, é a seguinte: “A existência precede a essência”. Porém, parece-me que o existencialismo de Sartre e a essência futura que prega a sua filosofia teriam sua concepção na vida de seres humanos, ou seja, no existir terreno. Não tenho a pretensão de ser douto das ideias de Sartre que, aliás, faz as seguintes menções em um de seus escritos: “O homem por si só não pode conhecer-se em sua totalidade. Só através dos olhos de outras pessoas é que alguém consegue se ver como parte do mundo. Sem a convivência, uma pessoa não pode perceber-se por inteiro. ‘O ser Para-si só é Para-si através do outro’. Cada pessoa, embora não tenha acesso às consciências das outras pessoas, pode reconhecer neles o que têm de igual. E cada um precisa desse reconhecimento. Por mim mesmo, não tenho acesso à minha essência, sou um eterno ‘tornar- me’, um ‘vir-a-ser’ que nunca se completa. Só através dos olhos dos outros posso ter acesso à minha própria essência, ainda que temporária. Só a convivência é capaz de me dar a certeza de que estou fazendo (...)”.

Com essas frases, penso que posso tirar a seguinte conclusão: o existencialismo de Sartre é extremamente pessimista com relação ao ser humano que só poderia encontrar a sua essência através de outras pessoas, do conviver com o outro, e essa essência nunca se completaria.

Por outro lado, Gabriel Marcel afirma em sua filosofia existencial Cristã: “Toda fé autêntica está enraizada no ser e no mistério”. O indivíduo só se realiza quando reafirma a transcendência de Deus e sua própria condição de criatura de Deus. A fé se converte então no ato ontológico mais significativo”.

É evidente que uma filosofia se contrapõe à outra. É como se fossem duas linhas paralelas que jamais se encontrariam e cuja única concorrência seria a existência humana na face da terra. Quanto a mim que não sou filósofo, prefiro ficar com Gabriel Marcel por uma simples questão de bom senso: Quem não gostaria de ser otimista na vida e compactuar com ideias transcendentais?

 

 

 

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