HÁ DIAS ASSIM!
Há dias em que a tristeza se apodera de mim
E nem uma flor desabrocha no meu jardim
Para que com a sua beleza e luz
Eu possa expulsar essa escuridão
Que não tem fim
Há dias em que a tristeza se apodera de mim
E por mais que o vento cante
E as nuvens dancem
Não conseguem fazer com que a minha alma voe
E os meus medos se espantem
Há dias em que a tristeza se apodera de mim
E embora saiba o que lhe poria fim
Sei e sinto que não está ao meu alcance
Está tão longe como o sol ou a lua
E não imagina como me faria feliz
Se “poisasse” na minha rua
Há dias em que a tristeza se apodera de mim
Porque as injustiças multiplicam-se como cogumelos
Os afetos são esquecidos ou humilhados
E das palavras tolerância, humildade e lealdade
Poucos sabem o significado
Há dias em que a tristeza se apodera de mim
E mesmo com a alegria do mar
Dos meus olhos saltam pérolas de sal
E as gaivotas, como que por magia
Com elas tecem um lindo colar
Que me oferecem, para me animar
Há dias em que a tristeza se apodera de mim
E hoje
É um desses dias!