Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Henrique Zambelli nasceu em São Paulo, Capital. Radialista formado pela FAAP, é diretor de TV e teatro, roteirista, tradutor, redator, apresentador e ator. Em seus mais de 20 anos de carreira, atuou na TV como adaptador de textos de novelas de sucesso do SBT, como Pérola Negra, Pícara Sonhadora, Canavial de Paixões e Esmeralda, além de roteirizar episódios do programa Teleteatro e do sitcom Nina e Nuno do Programa Charme com Adriane Galisteu e ter sido diretor-geral e roteirista final do programa humorístico Sem Controle. No teatro, escreveu e dirigiu as comédias A Segunda Dama e A Vida Secreta de uma Estrela Pornô, além de assinar a direção artística do musical infantil A Turma da Joaninha Douradinha. Atualmente ministra cursos e workshops de roteiro, e lança seu primeiro livro Cutucadas de Luz: reflexões, ironias e indiretas para todas as ocasiões e redes sociais.
“Se alguém disser que você é uma pessoa fria, encare isso com um elogio. Afinal de contas, sorvete também é geladinho e não deixa de ser uma delícia”.
Boa Leitura!
Prezado escritor e roteirista Henrique Zambelli, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos o que mais o encanta na arte literária?
Henrique Zambelli - A satisfação é minha. Sem dúvida, o que mais me encanta na literatura é a possibilidade de, através da palavra, expor minhas ideias e conceitos às pessoas, fazer com que elas pensem sobre a realidade que as cercam.
Atuando como diretor de teatro e TV, como você vê a harmonia da arte literária na teatral, ou seria a arte teatral na literária?
Henrique Zambelli - Adaptações de textos literários para a TV, o teatro e o cinema, muitas vezes, despertam o interesse do público pelas obras originais e pelo trabalho dos escritores e, consequentemente, novos leitores sentem-se atraídos pelo prazer da leitura. E ao mesmo tempo, faz com que os leitores vão ao teatro para verem no palco as representações da literatura no palco.
Como surgiu “Cutucadas de Luz: Reflexões, ironias e indiretas para todas as ocasiões e redes sociais”?
Henrique Zambelli - Há algum tempo pretendia lançar meu primeiro livro, mas não me surgia uma ideia que me empolgasse. Observei que no mercado editorial atual há uma grande produção de livros de autoajuda, porém nunca concordei com a abordagem ortodoxa, filosófica, mística e, na grande parte das vezes, doutrinadora que eles possuem. Sempre senti falta de humor e de uma linguagem mais direta e menos enfadonha nesses textos. Como sempre expressei nas redes sociais meus pontos de vistas sobre sentimentos, situações cotidianas e o comportamento das pessoas na internet, com meu estilo mais irônico, e via que eles também eram bastante comentados pelos meus seguidores, então senti que poderia escrever uma obra inédita de autoajuda no formato de bolso que propusesse reflexões bem humoradas sobre a vida, porém numa leitura ágil e mais próxima do ritmo dos dias de hoje, quando os chamados “textões” são muitas vezes ignorados.
Quais os principais desafios para escrita desta obra?
Henrique Zambelli - Em tempos modernos, quando há muita gente especializada em buscar “pelo em ovo”, meu principal desafio tenha sido lidar de modo leve com questões que talvez criassem controvérsias e polêmicas desnecessárias ou interpretações distorcidas sobre temas como sexo, religião, política, preconceitos, além de tentar me expressar numa linguagem que seja facilmente absorvida por um maior número de pessoas.
Pode nos apresentar uma das “Cutucadas” apresentadas no livro?
Henrique Zambelli - Das mais de 100 “cutucadas” publicadas no livro, menciono a 46: “Se alguém disser que você é uma pessoa fria, encare isso com um elogio. Afinal de contas, sorvete também é geladinho e não deixa de ser uma delícia”.
Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos textos apresentados no livro?
Henrique Zambelli - O objetivo principal do livro é exatamente “cutucar” o leitor a crer que o óbvio, o aparente ou o senso comum sobre muitos assuntos nem sempre são indiscutíveis ou absolutos como parecem ser e que o protagonista da sua história sempre será a forma como ele encara o mundo.
Descreva o seu livro em duas palavras.
Henrique Zambelli - Leitura Livre.
Onde podemos comprar o seu livro?
Henrique Zambelli - Diretamente no meu site:
https://www.henriquezambelli.com.br/p/livro.html.
Como roteirista você já adaptou conhecidas novelas do SBT como Pérola Negra, Esmeralda, Canavial de Paixões e Pícara Sonhadora. Conte-nos quais os principais desafios na adaptação de um texto para encenação teatral, quer seja para cinema ou TV?
Henrique Zambelli - No caso específico dessas novelas que são versões de histórias de outros países, o desafio era transportar essas narrativas para a realidade brasileira, porém sem perder a identidade e a essência dos textos originais. Eu jamais pretendi que minha adaptação fosse melhor que o trabalho de seus criadores e sim, um complemento dele. Se essas histórias são reconhecidas em muitos países, é porque o trabalho desses autores é notável e merece ser respeitado.
Quais os seus principais objetivos como escritor?
Henrique Zambelli - Espero que os leitores se divirtam muito com minhas ideias. Que a cada página relaxem com o prazer da leitura, pensem ou repensem a vida sob uma ótica mais leve e menos careta, e desejo também lançar futuramente o Cutucadas de Luz 2, o qual já estou elaborando.
Que dicas você dá a quem escreve para Cinema/TV?
Henrique Zambelli - A dica que sempre deixo para quem faz minhas aulas de roteiro é de que, por mais excelentes, criativas e geniais que sejam suas ideias, é necessário ter um mínimo de conhecimento de técnicas de roteirização para que elas realmente saiam claras do papel para a mídia. Como a literatura e a dramaturgia têm linguagens diferentes, se você não souber adaptar sua ideia para outra linguagem, ela pode ser ignorada por um realizador ou não compreendida.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor e roteirista Henrique Zambelli. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Henrique Zambelli - Eu que agradeço pela oportunidade e, no clima literário da revista, deixo uma cutucada de luz exclusiva para os leitores: “É costume dizer que não se conhece o valor de um livro pela capa. No entanto, um livro sem capa também não costuma valer muito”. Grande abraço a todos.
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