Mãe | Mãinha | Mãezinha
Nas infinitas plataformas globalizadas existentes, permeiam poemas, poesias e fragmentos de escrita que enaltecem a convivência sob o manto afável da magia, ou ilustram citações de adjuntos carinhosos — populares ou nativos —, ou homenageiam o signo linguístico mais verbalizado do planeta cognominado “Mãe”.
E como definir— com precisão — o real significado desta palavra?
Bem, mergulhei no oceano denominado dicionário e, neste mar, encontrei alguns registros:
- Mulher que tem ou teve filho ou filhos.
- Mulher que cria e educa criança ou adolescente que não tenha sido gerado por ela, mas com quem estabelece laços maternais e a quem pode estar ligada por vínculos jurídicos.
- Mulher carinhosa e protetora (figurado).
- Pessoa que chora facilmente (figurado).
- Etc.
“Estes conceitos são superficiais... Minha mãe é mais que uma simples definição”. — Sua mente e/ou sua alma retruca(m) logo após a leitura.
Então, feche os olhos e acesse seu túnel do tempo. Retorne à sua infância. Relembre momentos que ainda mantém em uma das caixinhas de lembranças guardadas no sótão de sua mente. Qual a sensação?
E aquela fase de questionamentos e inseguranças transcrita como “temerária adolescência”?
Já correlacionou a magia poderosa e indestrutível com a figura materna? Visualize seus arquivos mais secretos. Tudo está registrado bem aí..., bem aí dentro de você.
Ora, a “MÃE” é a verdadeira “mulher maravilha”. Ela não relaxa..., não descansa; cede à própria vida por você; adoece e sofre por você, e você? Qual o grau de gratidão?
Ao cruzar o umbral da maioridade, diante de certas circunstancias você replica: “A senhora está ultrapassada! A senhora está doidinha, hein! Tá caducando? Não se meta na minha vida!”. E assim, alguns caminham pelos trilhos sinuosos representados pela intolerância, ou ingratidão, ou irracionalidade, e até agressões físicas ou morais motivadas por ânimos torpes. Infelizmente, certos humanoides ainda insistem e persistem nesta viagem esdrúxula.
Não esqueça que viagens e textos possuem algo em comum: o ponto final. E, às vezes, são repentinos. Num piscar de olhos, tudo se acaba.
E a mãe?
Ah, ela perdoa sempre! Ela não se permite sofrer pelo seu deslize. O amor materno supera o impossível. Enfim, eis sua “MÃE”!
No dia certo, encontrarei a minha num jardim florido;
Jardim este, adornado por borboletas de várias cores;
E passarinhos multicoloridos que sobrevoam entoando cânticos.
E, naquele dia;
Eu, sem arrependimentos;
Reverei seu sorriso encantador
Seu olhar tenro, seu afago nobre;
A carícia interminável, o abraço inigualável;
O porto seguro..., o meu norte.
Saudades eternas!
Roberto Mello – Escritor & Poeta