Ideias que surgem das pessoas e de locais
Rogério Araújo (Rofa) *
Quem não viveu um momento qualquer em “deu um branco” ou não teve ideias para realizar algo? Todos passam por isso.
Certa vez, quando uma repórter me perguntou no lançamento de um de meus livros: “De onde vem inspiração para você escrever?”, eu respondi que ela surge do nada e, muitas vezes, a inspiração vem de coisas que vivemos e pessoas que conhecemos.
E quem é escritor, poeta, contista e cronista sabe que essa é uma grande verdade. O que seria de nós se não tivéssemos “inspiração” em forma de gente e em forma de lugares?
Como disse Oscar Wilde: “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”. Muitos vivem por aí afora e não percebem que sua vida é uma inspiração para outra pessoa e até mesmo para escritores.
E para quem pensa que a inspiração vem do que se aprende no meio acadêmico, engana-se. Como sabiamente falou o físico Albert Einstein: “A imaginação é mais importante que o conhecimento”. A mais pura verdade e ele sabia muito bem disso.
No cotidiano vivemos muitas situações e delas podemos ter grandes lições. O grande pensador Friedrich Nietzsche declarou certa vez que “O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte”. Crescemos muito com tudo que vivemos.
Conflitos não servem para medir forças e a vitória nesse caso pode não ser tão retumbante assim. O dramaturgo e escritor conhecidíssimo William Shakespeare já falou que “É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada”.
E, também, o preconceito seja racial, religioso, social, sexualidade, não vai medir nada além do preconceito em si. Por isso Bob Marley, músico referencia até hoje, soltou uma frase de muito impacto: “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”.
E, partindo para as observações românticas, o poeta Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. Um incentivo à inspiração para a vivermos de corpo e ama, sem medo e receios de que aconteça o pior.
“As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar”, falou Leonardo da Vinci. Falamos muito, agimos pouco. Palavras doces podem vir acompanhadas de atitudes amargas, frias e sem expressão da realidade na vida.
Um dos mais férteis inventores de todos os tempos criou o fonógrafo, a lâmpada elétrica, o projetor de cinema e aperfeiçoou o telefone. Traçou desse modo o perfil do mundo de hoje. E ele, não é a toa, que é “inventor da lâmpada”, objeto usado para representar quando a pessoa tem uma IDEIA.
Quem é ele? Thomas Edison que imortalizou, além das invenções físicas que marcaram o mundo, frases sobre o que via e sentia sobre os aspectos da vida. Disse ele, no alto de sua sabedoria, que “O principal uso do corpo é carregar o cérebro; e o cérebro é o que nós somos”. E não é verdade? Temos um cérebro para pensar e ter ideias e não apenas para pesar em o corpo para carregar.
E o “pai das ideias”, disse sobre o assunto que “Se quiser ter uma boa ideia, tenha antes uma porção de ideias”. E nós aqui achando que a primeira ideia que pensamos é a melhor. Não é não. Atrás de uma pode vir uma bem melhor...
E o Thomas Edison, quando menino e estudante, era totalmente alienado e sem apoio dos próprios professores. Um deles, dizia que “O garoto é confuso da cabeça, não consegue aprender”. Viu como são as coisas? A escola perdeu um bom aluno, mas o mundo ganhou com sua inteligência e ideias sem limites.
É preciso acreditar nas pessoas. Observar como vivem de maneira única e que podem, sim, escrever histórias, inspirar e levar a outros a viver melhor.
E, como diria, o nosso “gênio da lâmpada”, que tantas ideias trouxe e que até hoje podemos usufruir de seu talento e invenções: “Talento é 1% inspiração e 99% transpiração”. O segredo do negócio é ter ideias sim, mas com muito trabalho pela frente.
Precisamos olhar mais em volta de nós mesmos e mãos à obra!
Um forte abraço do Rofa!