INDAGAÇÃO
Eu sou um tronco.
Um tronco que está na sombra,
na sombra dos homens...
dos homens que escrevem palavras
palavras que praticam poesias;
de arabescos singulares,
de cantões angulares
que buscam verdades
escondidas nas pátinas do tempo
repleto de interrogações,
onde o hominídeo é o protagonista
da vascular interpretação
no labirinto obscuro.
Ângulos noturnos vasculham
na embriaguez do desconhecido
na procura da eterna pergunta.
Um tronco com poucos galhos,
galhos que estão sempre
arranhando a pele do universo
em busca de respostas
que não acontecem.
Não é para onde vamos...
É ...
de onde viemos?
Anchieta Antunes