O amor sempre presente em textos da autora Isabel Lago
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Sou portuguesa e vivo em Matosinhos, Portugal, uma cidade junto ao mar. Nasci e estudei no Porto, uma cidade aqui ao lado, e que é a segunda cidade portuguesa. Sou casada e tenho duas filhas e três netos. Licenciei-me em Filosofia, em História e sou Mestre em História Medieval. Desde criança sempre gostei de ler e por isso aprendi rapidamente a escrever para poder contar histórias só minhas. Fui professora a maior parte da minha vida. Com a aposentadoria passei a escrever sobre a história da minha cidade de que foram publicados 15 livros. Posteriormente, por um desafio que me fizeram, passei a escrever sobre a Devoção ao Bom Jesus de Matosinhos no Brasil. Desse trabalho nasceu um livro, publicado em Portugal que é o único trabalho conhecido sobre o assunto e que se chama “Uma rota de fé “ A devoção ao Bom Jesus de Matosinhos no Brasil .
“Ao procurar o título lembrei-me de que na gramática a primeira forma dos verbos era o Presente do Indicativo. E Presente do Indicativo teria de ser o meu livro. Porque o Presente indicava-me um Futuro a ser…”
Boa leitura!
Escritora Isabel Lago, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a motivou a ter gosto pela arte de escrever textos poéticos?
Isabel Lago - Shirley, desde criança que achava piada a rimar e jogava com isso. À medida em que fui crescendo e com os primeiros amores passei a perceber que era sobre eles que gostava de escrever. E por isso dediquei-me à poesia de amores feitos e desfeitos. Nem sempre a gente acerta .
Em que momento se sentiu preparada para publicar “Presente do Indicativo”?
Isabel Lago - O “Presente do Indicativo” está escrito há anos. Como não tinha ambiente familiar para o publicar fui deixando passar o tempo. Quando ultrapassei os 70 anos dei o “grito de Ipiranga” e decidi arranjar um editor que me editou o primeiro livro de poesia “Voos”. Mas como estou muito ligada ao Brasil pela minha “Rota de Fé”[1] pensei em partilhar a minha poesia com essa gente do outro lado do Atlântico que me trata tão bem e de cujo intercâmbio poderei tirar alguns frutos e amizades.
O Presente do Indicativo nunca foi editado em Portugal. É um projecto de livro
Quais critérios foram utilizados para seleção dos textos poéticos publicados na obra?
Isabel Lago - Os meus são marcados pelo gosto/não gosto do que escrevo. Toda a minha escrita tem um critério base: o Amor. E escrever para mim é muito fácil. A partir de um som, de uma palavra perdida ou de uma frase que me emocione, a poesia sai.
Como foi a escolha do título para o livro?
Isabel Lago - Ao procurar o título lembrei-me de que na gramática a primeira forma dos verbos era o Presente do Indicativo. E Presente do Indicativo teria de ser o meu livro. Porque o Presente indicava-me um Futuro a ser…
Compõe-se de 36 textos todos de temática sobre o amor.
Apresente-nos um dos textos publicados em “Presente do Indicativo”?
Quando acordei do amor
senti de novo o apelo do teu corpo
que pouco antes se tinha descolado do meu.
Procurei-te entre os lençóis.
A minha mão encontrou a tua
e atraíste-me com doçura
afogando-me de novo num longo abraço.
Mais uma vez perdemos a noção do tempo,
do dia e da noite,
da aurora e do ocaso
Sabemos que cada texto tem um pedacinho da autora. Comente sobre o momento de criação deste texto.
Isabel Lago - “Foi um momento de entrega a um amor plenamente correspondido”
Quais os seus próximos projetos literários?
Isabel Lago - Publicação no próximo Dezembro em Matosinhos de um novo livro : “No mesmo silêncio”
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Isabel Lago. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Isabel Lago - “Vale a pena ler ler poesia… mas escrevê-la é muito mais alucinante.“
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