Jogo de cintura: vamos aprender jogar? - por Téia Camargo

Jogo de cintura: vamos aprender jogar? - por Téia Camargo
 

JOGO DE CINTURA: VAMOS APRENDER  JOGAR?

 

Outro dia li uma frase interessante numa dessas revistas voltadas para o mundo das empresas e que dizia, em outras palavras, que “Jogo de Cintura é uma gíria muito utilizada no Brasil, em especial no meio empresarial”.

 

Na hora pensei: Opa! Como o que é? O mundo empresarial brasileiro, em sua maioria, é composto de representantes do sexo masculino e homem pode entender muito de jogo, mas de cintura, ah! Disso entendem as mulheres, e muito melhor do que eles.

 

Somos expert no assunto desde criancinhas.

 

Gostamos delas bem fininhas, marcadas, realçadas e quando as formas começam a ficar um pouco mais roliças, não paramos de sonhar com a almejada lipoaspiração que exterminará de vez com as indesejadas gordurinhas ao redor (falando nisso Dra. Fabiana Valera, não se esqueça da minha vaguinha na sua agenda, ok?).

 

Voltando! Então, continuei pensando, se temos mais experiência nesse ramo do que eles, porque não aproveitamos essa vantagem e começamos a usar mais o jogo de cintura a nosso favor?

 

Quantas vezes passamos por situações constrangedoras, embaraçosas e nos deixamos abalar, nos revoltamos, demonstramos fraqueza ou até mesmo abandonamos o “campo” desistindo de nossos objetivos.

 

O jogo de cintura tem regras claras: É necessário usar a flexibilidade para sair da dificuldade sem danos e desenvolver maleabilidade para se adaptar a qualquer situação, mexendo a cintura para ultrapassar obstáculos ou dificuldades inesperadas. Ganha quem conseguir apaziguar, relevar, respirar fundo e demonstrar possuir a qualidade de saber lidar com o outro ou com a situação, ainda que não goste muito e o perdedor será aquele cujo sangue subiu, mostrou irritação, “chutou o balde”, explodiu, chorou ou desabou.

 

Joguinho difícil esse não? Difícil, mas não impossível!

 

Lembrem-se: as mulheres são detentoras da malemolência, do gingado, do requebrado e seria vergonhoso se não soubéssemos usar esses dons para uma vitória gloriosa nesse tal jogo de cintura.

 

Outro dado importante para ser lembrado na hora da partida: O constrangimento, a situação difícil acontece em um momento específico. Vai passar! E rápido! Será que não vale a pena um sorriso amarelo, uma “cara de paisagem” ou uma retirada estratégica até o momento seguinte?

 

Imagino que a maneira mais apropriada para estarmos sempre prontas para um jogo limpo e sem blefe, seja sermos mais flexíveis, mais maleáveis, nos moldarmos sem nos deformarmos, sem nos desestabilizarmos e sem que percamos a razão.

 

Assim, teremos grande chance de deixarmos o campo com elegância, de cabeça erguida e ainda que algum fio de cabelo esteja desalinhado ou que a maquiagem esteja um pouco borrada, a partida estará ganha.

 

por Téia Camargo,

 

junho/2015

 

 

 

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