José Alberto M. Rodrigues (Zeal)

José Alberto M. Rodrigues (Zeal)

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

José Alberto Monteiro Rodrigues, nasceu em Viseu a 06*10*1952 e com 10 anos começou o primeiro trabalho. Estudou, sem completar o curso noturno Comercial. Foi militar entre 1973 e 1975. Casou a 09*11*1975, com Maria Teresa, com quem mantém casamento, com dois filhos e um neto. Em 2009 completou o 9º. Ano pelas CNO e ficou aposentado em 2010.

Tem como passatempo favorito o escrever poesia desde 1970, tendo editado 4 livros. O 1º. “Sol da Minha Poesia”, em 08*10*2011, o 2º.“ A Poesia é um Antidepressivo”, em 06* 10*2012, o 3º. “ Poemas de Linho”, em 19*05*2013, e o 4º. “Silêncios Contados”, em 12*07*2013.

Embora não sendo cantor, nem músico, gosta de cantar umas baladas com a sua viola, sendo para os amigos, conhecido como o JrTrovador Zeal.

“Que é meu desejo, que o leitor sinta que tem nas mãos algo, que o pode ajudar, e reforçando, que não devemos ter medo de falar de uma doença, que a muitos afeta. Não ter medo de dizer o que nos vai na alma.

Creio que sobre este livro não preciso dizer mais nada, a não ser que leiam.”

 

Boa Leitura!

 

SMC - Poeta José Rodrigues (Zeal), para nós é um prazer ter você connosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que veio primeiro o gosto pela música ou pela poesia? Em que momento as duas se encontraram em sua vida?

José Rodrigues (Zeal) - Antes demais dizer que é com muita satisfação que sinto o interesse da parte de distinta figura do  jornalismo, como é o caso de Shirley M. Cavalcante, em me entrevistar e por tal facto, os  meus agradecimentos e passo a responder:

Em primeiro lugar veio o gosto pela poesia.

Na altura estudava à noite no curso comercial e o Português era a discipina que mais gostava. Ganhei afeição pela  Literatura Portuguesa na qual comecei a descobrir os escritores e poetas portugueses, em especial, para mim: de Luís Vaz de Camões (o rei dos poetas), Fernando Pessoa (o príncipe dos poetas), Florbela Espanca (a poetisa do amor), António Aleixo (o poeta do povo) e outros como, Gil vicente, António Nobre, Augusto Gil.

      O fazer da minha poesia e as baladas, com a viola, é que nasceram de mãos dadas.

Com o aparecer dos baladeiros no País e cantores de intervençao, comprei uma viola e com outros amigos fui aprendendo, cantando as baladas deles e fazendo as minhas, começando os primeiros passos na escrita de poesia dedicada em especial a um amor platónico, a partir de1970. Em grupo de amigos íamos fazendo pela cidade as nossas serenatas, já cantando baladas proíbidas pela censura, e outras, para as meninas estudantes e hospedadas em residências de estudantes.

O escrever poesia e cantar umas baladas com a minha viola tornou-se o meu principal passatempo. Fazia e faço algumas canções que ficam, mas sem pauta musical, pois não tenho formação musical. Nisto e em muitas coisas de minha vida considero-me um autodidata.

 

SMC - Como você vê o encontro da poesia com a música?

José Rodrigues (Zeal) - Para mim, a poesia e a música andam de mãos dadas. A poesia em si e alguma minha eu considero musical e depois uma boa canção só o é, se tiver uma boa música e uma boa letra, daí as duas quando se encontram fazem um belo casamento.

 

SMC - Você hoje faz apresentações literárias com músicas e poesias?

José Rodrigues (Zeal) - Sim. Os quatro lançamentos e apresentações de meus livros foram sempre apresentados num misto por igual de poesia e música. Não concebo apresentar um livro meu que não tenha a minha intervenção musical. O conceito de fazer apresentações de livros de poesia só de retórica, deixou passar a imagem para fora, que são demasiado maçadores, afastando principalmente os jovens dos eventos.

A partir dos meus eventos de poesia, comecei a ser chamado a colaborar com outros poetas para apresentar as baladas e cantigas que canto e para quem sou o JrTrovador Zeal, já que na poesia sou o José Rodrigues Zeal (Zeal=Zealberto).

        As minhas apresentações começam com os oradores a serem intervalados com as músicas escolhidas, dando lugar a uma encadeada parceria: oratória sobre os livros/música e declamação de poemas.

Por norma os meus lançamentos/apresentações são em bibliotecas Municipais, casas de cultura e museus, quer na minha Cidade de Viseu, ou em outros locais do País (Lisboa, Porto, Póvoa de Varzim, Miranda do Douro)

 

SMC - José Rodrigues (Zeal), como foi o percurso até chegar a publicação do seu primeiro livro? O que sentiu ao ter seu primeiro livro em mãos?

José Rodrigues (Zeal) - O percurso até ao editar do primeiro livro, foi o estudar, trabalhar e como já disse a partir de 1970 o começar a escrever poesia que fui metendo como se diz na gaveta até aparecer uma oportunidade de publicar o “SOL DA MINHA POESIA” que surgiu depois de me reformar e entrar na rede social Facebook onde comecei a postar os meus poemas e a receber inúmeras críticas positivas, principalmente de uma amiga que acabou por formar uma editora, sendo eu um dos autores escolhido. Como tinha imensos poemas escritos, aconteceu em 08*10*2011, com o lançamento em Lisboa. Foi uma experiência nova, novos amigos e o tentar aperfeiçoar a minha poesia, que se baseava muito na rima, e ir cada vez mais escrevendo dando largas ao pensamento, buscando novas maneiras de escrever, em que a poesia se tornasse mais musical e menos amarrada a conceitos passados.

O que senti ao ter na mão o primeiro exemplar do livro é algo que mexe com o autor, ainda mais na altura do aniversário a dia 06*10*2011. Posso dizer que não sendo um sonho programado, acabou por ser uma realidade concretizada e que não posso esquecer, dizendo que na verdade foi uma coisa bela na minha vida pois a partir daí então sim posso dizer, começa-se a sonhar que é possível ir mais longe e que se é poeta, quer se queira ou não. 

 

SMC - Conte-nos que temas abordas em seu livro “A poesia é um Antidepressivo”? Para quem indicas a leitura deste livro?

José Rodrigues (Zeal) - Xavier Zarco, editor do 2º. Livro, a quem fico grato, pela maneira como pegou em meus poemas levando à criação deste livro: “A Poesia é um Antidepressivo”,  foi dizendo em resumo que,

“Ler-me, corresponde a uma sensação estranha, de por vezes, as pessoas encontrarem amiúde, pedaços de sua própria vida dentro de meus versos, e terem acesso de redescobrirem asas, que se julgam perdidas, algures pelos caminhos trilhados.”

Sobre este meu livro digo que é um tanto diferente do anterior “Sol da Minha Poesia” mais contemporâneo, ao ponto de dar azo ao título escolhido “A Poesia é um Antidepressivo”, e sobre o mesmo dizer, que, para quem escreve, e falo por mim, é um bom antidepressivo.

Um certo dia uma amiga dizia;

“A poesia é um mistério entre o poeta e o leitor, que é tão bela, que não tem presente…só tem esperança e saudade e, que há livros com títulos, que “podem” dar ideia de agressivos.”

Eu respondi: que concordo, mas que tudo, tem uma razão de ser.

A amiga dizia que: “como leitora, adora a esperança e a beleza da poesia, pois viveu o flagelo da depressão e, que lendo o título, verificou que o autor, encontra na poesia, uma ajuda, uma cura para vítimas da depressão social, na qual a poesia vem ao seu encontro e, o fez… nos faz… renascer.”

Dizia ainda:que é preciso ser único, e verdadeiro, e que isso eu sou.” (OBRIGADO AMIGA) Mais:

“Que o apelo à leitura, só pode ajudar o próximo, como estimulante e Antidepressivo.”

Então eu digo:

Que é meu desejo, que o leitor sinta que tem nas mãos algo, que o pode ajudar, e reforçando, que não devemos ter medo de falar de uma doença, que a muitos afeta. Não ter medo de dizer o que nos vai na alma.

Creio que sobre este livro não preciso dizer mais nada, a não ser que leiam.

 

SMC - O que diferencia o seu livro “Poemas de Linho” de seu livro “Silêncios Contados”?

José Rodrigues (Zeal) - O livro “POEMAS DE LINHO” é um livro temático com fotos e poesia que essencialmente descreve todo o ciclo do linho, que ainda nos dias de hoje é trabalhado numa aldeia de Viseu, Várzea de Calde e no qual se fala das gentes, locais, monumentos e artes. Este livro está à venda no próprio museu ”Casa de Lavoura e Oficina do Linho”.

Quanto ao “ SILÊNCIOS CONTADOS”, é um livro de poesia mais contemporânea, que não está preso a um tema, mas vários.

 

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?

José Rodrigues (Zeal) - Os meus livros encontram-se à venda principalmente nas editoras, ou em algumas livrarias pelo país que tenham contrato com as mesmas, e podem ser encontrados online nas Livraria Bertrand e Wook, embora eu também possa enviar: zealbertorod@gmail.com

 

Titulos:

“ SOL DA MINHA POESIA”

 “A POESIA É UM ANTIDEPRESSIVO”

“POEMAS DE LINHO”

“SILÊNCIOS CONTADOS”

 

SMC - Quais os seus principais objetivos como escritor? Estas pensando em publicar um novo livro?

José Rodrigues (Zeal) - Acima de tudo continuar a escrever poesia, mas e só como passatempo e nunca como profissão, pois apesar de ter inúmeros poemas guardados, com os quais podia editar mais livros, a verdade é que somos um país de poetas e todos os “dias” saem livros novos e o mercado não comporta tantos livros.

No entanto e seguindo o meu caminho tentarei editar sempre que possível.. Vamos ver.

 

SMC - Quais os principais obstáculos que você encontra para o alcance de seus objetivos?

José Rodrigues (Zeal) Para os meus objetivos não vejo obstáculos, pois como disse continuo a escrever, logo poesia há. Agora para a venda de poesia há muitos e vê-se o espaço que as livrarias reservam para a poesia…pouco mais de um metro quadrado. Triste…muito triste.

O editar com editoras tem os seus custos, e nós acabamos por nada ganhar, pois as despesas são sempre muitas. Somos acima de tudo autores que editam por carolice.

Os livros deviam ser mais acessíveis em termos de preços, maior divulgação dos pequenos e desconhecidos autores portugueses e não só, onde os média deveriam ter a obrigatoriedade de falar e mostrar o que se faz em poesia pelos ainda desconhecidos autores. Quando aparece um VIP a dizer que tem um livro novo, todo o mundo áudio visual e não só fala dele e promove.

Pois muitos dos livros que se vendem aos milhares, é porque acima de tudo, é de alguém muito publicitado.

 

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

José Rodrigues (Zeal) Na educação seria ótimo.  Seria bom as escolas e bibliotecas terem projetos de formação para os alunos. Fomentar o gosto pela leitura em especial da poesia. Tertúlias também pelas pequenas cidades e vilas com autores, cantores, declamadores etc.,

Como já referi que os média falassem dos desconhecidos autores.

As editoras deviam divulgar mais as obras dos novos autores e não deixassem nas mãos deles a venda dos livros a que são obrigados a adquirir, e que por norma “paga” de imediato a edição, e por isso os que ficam nas editoras já deixam de ser prejuízo e daí o pouco interesse em os colocar e fazer acordos com espaços livreiros.

Por mim tenho tentado colaborar com outros autores na parte musical para que as suas apresentações tenham maior interesse e divulgação, assim como eu tenho sido ajudado por amigos e autores também para divulgação dos meus livros, a quem estou reconhecido.

 "Divulga Escritor" é uma bela iniciativa e que merece o nosso muito obrigado.

 

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor José Rodrigues (Zeal), que mensagem você deixa para nossos leitores?

José Rodrigues (Zeal) - Dizer que a minha maior vaidade está na minha humildade e simplicidade, daí que pautem sua vida com humildade, respeito pelo próximo e vivam em simplicidade, não esquecendo suas origens. Façam por ler mais e apoiar a literatura pois só assim a nossa mensagem em forma de poesia passará. Sem a literatura, em especial a poesia, as pessoas serão menos cultas, menos emotivas aos sentimentos da alma. Eu escrevi:

Intuições

Pessoas

Que nossos olhos

Não enxergam

Mas que nosso

Coração "vê e abraça”

E “sente” serem

Seres especiais

Que são

Como “coisas” simples

Onde está

O encanto da vida

E onde

Meus olhos descansam

Das más visões.

 

Costumo dizer que escrevo de mim para vós. Escrevo para os amigos em especial aqueles que me acompanham no face. Somos um país de poetas, mas em que os maiores consumidores de poesia são os próprios poetas, com algumas exceções.

A maior mensagem é deixar na minha poesia vivências e realismo de locais, gentes, natureza, monumentos, dedicatórias e sobretudo falar de problemas sociais poeticamente. Muita coisa escrita irá ficar por mostrar e será espólio dos filhos e do neto. Tenho em mim que um pelo menos já escrito perdurará para além de mim, pois é temático, num escrever sobre um museu e o ciclo do linho e já consta na prateleira do próprio museu, o local ideal para ser visto e adquirido.

Agradeço esta oportunidade. Foi um prazer mostrar algo sobre a minha poesia.

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