Imperfeito Olhar – uma única escolha não tem que pautar sua vida inteira
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Júlia Marques é escritora em tempo integral e estudante de Direito nas horas vagas. Essa, com certeza, é a frase que melhor a define. Paulistana, leitora compulsiva e viciada em músicas e em chocolate, encontrou na escrita sua vocação, seu porto seguro.,
Seu primeiro romance, Depois do Fim, foi publicado em formato digital na Amazon, e o segundo, Imperfeito Olhar, foi publicado pela Editora Coerência.
“Escrever é meu sonho. A escrita é a melhor parte de mim, a parte que escolhi para mostrar ao mundo. Por isso, quando penso nos meus objetivos, a primeira coisa que me vem a cabeça é ser lida.“
Boa leitura!
Escritora Julia C. Marques é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a motivou a escrever um romance?
Júlia Marques - é engraçado pensar no exato momento em que decidi que queria escrever um livro. Ou mesmo no segundo em que decidi que me tornar escritora era o que eu mais queria para a minha vida.
A verdade é que escrevo desde sempre, desde que me entendo por gente. Sempre gostei de criar histórias, de imaginar diálogos e situações. No fim, uma coisa foi puxando a outra, e quando me dei conta já estava aqui, imersa em minhas palavras e histórias, sempre com a cabeça no mundo da lua.
Para a maior parte dos meus livros, os publicados e o que ainda o serão um dia, a inspiração veio da minha outra grande paixão: a música. Cada um deles tem uma trilha sonora que me ajudou a pensar nos personagens e desenvolver a trama.
Apresente-nos “Imperfeito Olhar”
Júlia Marques - Imperfeito Olhar é o meu segundo livro publicado, e saiu pela Editora Coerência.
A protagonista é a Anastácia Adans, uma garota que tem um passado difícil e aprendeu desde cedo que a vida não é lá muito justa.
Ela aprendeu a sobreviver, a viver o melhor que pudesse, mas as circunstâncias duras em que o destino a colocou a fizeram tomar caminhos que não são muito bem vistos, endurecendo seu coração e a tornando fechada para a vida.
Durante a execução do que era para ser apenas mais um trabalho, ela conhece Alec Sanders e sua família, e conforme o tempo passa e a convivência aumenta, Anastácia começa a questionar muito de suas escolhas de vida, começa a se perguntar se quer mesmo continuar seguindo por aquele caminho.
Essencialmente, Imperfeito Olhar é um livro sobre escolhas, sobre o poder que aquilo que escolhemos tem no caminho que trilhamos. É uma história sobre as cores misturadas da vida, sobre como cada uma das nossas escolhas importa e que, em alguns momentos, aquilo que iremos decidir não reflete apenas em nós mesmos.
Qual o momento da passagem da trama que mais a marcou, quando escrevia o livro?
Júlia Marques - Muitos dos momentos desse livro me marcaram, porque algumas partes dele tratam de perda e violência, sobre as partes mais duras e complicadas da vida. Mas em um contexto geral, algo que me marcou muito nessa história foi o desabrochar da protagonista. Foi ver Anastácia sair de sua própria concha e voltar a encarar o mundo de frente, sem medo de se machucar ou de arriscar a tentar algo novo.
Ela aprendeu muito durante essa jornada, e no fim, eu aprendi junto com ela. Tirei a lição de que em alguns momentos não importa o quão difícil as coisas estejam, a vida ainda tem coisas bonitas para mostrar.
Como foi a escolha do título?
Júlia Marques - O título foi escolhido com base em uma característica física da Anastácia, que é portadora de heterocromia. Ela possui os olhos de cores distintas, e no fim isso reflete o modo como ela enxerga o mundo a sua volta e a forma como enxerga a si mesma: fragmentada e imperfeita.
O que mais a encanta em “Imperfeito Olhar”?
Júlia Marques - Quando eu aceitei o desafio da minha própria cabeça e resolvi escrever esse livro, o que eu queria era passar a mensagem de que não existe perfeição quando se trata de ser humano. Que não existe o definitivo, mas apenas o mutável.
O que mais me encanta em Imperfeito Olhar é justamente isso: o fato de que nada é perfeito ou eterno, que as coisas sempre mudam e que as pessoas mudam com elas. O fato de que dificuldades não significam impossibilidades, e que uma única escolha não tem que pautar a sua vida inteira.
Cite três motivos para ler está obra literária?
Júlia Marques - Bom, vamos lá, três motivos, embora eu tenha uma grande dificuldade de escolher coisas favoritas, rsrs.
- Imperfeito Olhar é uma história de superação, em certa medida. Uma história sobre como não importa o quão ruim as coisas tenham sido, elas ainda podem ser boas.
- Amor familiar. Uma das coisas que eu mais me orgulho nesse livro é a relação existente entre Alec, a mãe dele, Lilian Elizabeth, e o filho dele, o pequeno Kalel. Esses três são o tipo de família que se ama e se apoia de forma incondicional, e eu tenho certeza que a relação deles irá encantar quem escolher dar uma chance para essa história.
- Romance. Apesar de todos os outros temas que essa história aborda. Imperfeito Olhar é uma história sobre o poder do amor, sobre como ele pode ser transformador e servir como espelho para que, antes de olharmos para os outros, olhemos para nós mesmos e as nossas próprias atitudes.
Qual o cenário, espaço geográfico escolhido para a trama?
Júlia Marques - Imperfeito Olhar se passa em uma cidade praiana, no litoral dos Estados Unidos. É uma cidade de médio porte, com casas e jardins bonitos, na qual o ponto forte é o mar de águas cristalinas.
Onde podemos comprar o seu livro?
Júlia Marques - Imperfeito Olhar está a venda no site da Editora Coerência (link: https://editoracoerencia.com.br/livros/imperfeito-olhar/) ou diretamente comigo, por direct no instagram (@juhcostha).
Quais os seus principais objetivos como escritora?
Júlia Marques - Escrever é meu sonho. A escrita é a melhor parte de mim, a parte que escolhi para mostrar ao mundo. Por isso, quando penso nos meus objetivos, a primeira coisa que me vem a cabeça é ser lida.
É esse o meu objetivo primordial: que as minhas histórias cheguem nas pessoas. Que as minhas palavras encontrem abrigo em outros corações que não apenas o meu.
Esse é o meu sonho: conseguir fazer da escrita a minha vida por completo, escrever histórias que encontrarão abrigos e estantes, que serão lidas e relidas, exatamente como eu faço com o mundo particular que guardo nas estantes do meu próprio quarto.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Julia C. Marques. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor – especial Mulherio das Letras. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Júlia Marques - Não desistam dos seus sonhos, por mais clichê que isso possa soar. Acredite, esse é o melhor conselho que eu posso dar.
Não permita que a estrela se apague, sim? Acredite em você, acredite na melhor versão de si mesmo que você pode ser, e não tenha medo dos erros. Eles não são tudo, são apenas uma pequena parte de tudo que você pode ser, de tudo que pode ver.
Se arrisque a viver cada dia com uma nova oportunidade, e lembre-se: qualquer escolha, por menor que seja, é importante.
Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da Literatura
https://www.facebook.com/DivulgaEscritor
Contato: divulga@divulgaescritor.com