LÁGRIMAS E APATIA
Subi ao cume
da mais alta montanha
a carpir a minha dor
a chorar o Meu Perder.
Esperei o pôr-do-sol
a noite errante
e as lágrimas não secaram.
Os sons nocturnos,
de montanha a montanha
ecoaram
e tomaram conta
do alvorecer...
Em baixo,
o ribeiro corria.
Espraiava-se em direcção
à planície prateada
que os olhos rasos
não deixavam vislumbrar
enquanto também eu morria.
Com ele levava
lágrimas
(que já não eram)
e a noite gelada.
A apatia tomara-lhe o lugar.
Corri... corri na noite.
Corri ao acaso.
(Labirinto de Palavras)