LAVA DE AMOR
O mar em que navegávamos
era de ondas mansas
As nuvens em que viajava
quando nos amávamos
eram de algodão doce
E ao meu ouvido, sussurravas versos
de poemas de amor
feitos com calor de um coração
que não tinha medo de amar
e se entregava nas mãos
de quem sabia, por ele morrer de paixão
Nada do que acontecia, era em vão!
O que o vento me trazia de ti
eu agarrava com as duas mãos
O que recebias das asas da imaginação
guardavas como se fosse um tesouro
e quando nos tocávamos, fazíamos magia
A nossa pele orvalhava, os olhos vidravam,
perdíamos o Norte e caíamos no vulcão
da excitação
só de lá saiamos, expelidos pela força da explosão
e a lava resultante
escorria pelas lombas dos nossos corpos
e ali ficávamos, extasiados, lambuzados
com amor
transformado em VIDA, sem pudor!