Linguagem como interação
É a que olha a linguagem como atividade, como forma de ação intersubjetiva; como lugar de interação que possibilita aos interlocutores de um determinado entorno sociocultural a prática dos mais diversos atos de linguagem, os quais exigem reações-respostas dos interlocutores. Nessa concepção, trata-se de uma percepção de linguagem como interação discursiva. A língua passa a ser concebida como instância de interação entre sujeito sócio-histórico e culturalmente situado.
Para essa perspectiva, os sujeitos, ao falarem, não apenas expressam seu pensamento ou o fazem com fins comunicativos, mas, sobretudo, agem uns sobre os outros e produzem pontos de vista, por vezes distintos ou até contraditórios. A língua é concebida como um sistema de formas em funcionamento, constituída por fatores externos como o contexto sócio-histórico, a posição ideológica dos sujeitos falantes, enfim, os elementos linguísticos, que vêm saturados pelas posições socioaxiológicas e estão à disposição do sujeito para a produção dos mais diversos sentidos.