Meu Anjo - por José Sepúlveda

Meu Anjo

 

Seguia calmamente pela estrada

E o choque acontecia. De repente

Senti ali a morte à minha frente,

Que a fútil vida não valia nada...

 

A viatura, louca, desvairada,

Levava o que encontrava à sua frente...

E um anjo que não vi, suavemente,

Meu rosto no seu ombro acalentava

 

Mexi as mãos, os pés, o corpo, a mente,

Tentei abrir a porta lentamente

E vi-me a caminhar nos passos meus

 

Na paz dos céus, contrito, agradeci

Ao Deus de amor p'lo Anjo que não vi

E ali foi enviado por meu Deus!

 

José Sepúlveda

 

 

 

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