Meu Anjo
Seguia calmamente pela estrada
E o choque acontecia. De repente
Senti ali a morte à minha frente,
Que a fútil vida não valia nada...
A viatura, louca, desvairada,
Levava o que encontrava à sua frente...
E um anjo que não vi, suavemente,
Meu rosto no seu ombro acalentava
Mexi as mãos, os pés, o corpo, a mente,
Tentei abrir a porta lentamente
E vi-me a caminhar nos passos meus
Na paz dos céus, contrito, agradeci
Ao Deus de amor p'lo Anjo que não vi
E ali foi enviado por meu Deus!
José Sepúlveda