Meu barco
Navego peregrino pela vida
Nas ondas mais revoltas deste mar,
O medo e a incerteza dão guarida
Ao meu estranho e incerto navegar.
E nesta senda louca, vã, perdida,
Por entre a multidão, fico a remar
Tentando ver ao longe uma saída
Que não consigo nunca vislumbrar.
Os magos e os duendes serpenteiam
Por essa embarcação e lá semeiam
Mentiras e promessas sem ter fim...
E nesse turbilhão imenso, agreste,
Agarro no meu remo e entrego ao Mestre
Que me sorri e diz: - Confia em mim!