Mirian Menezes

Mirian Menezes

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Mirian Menezes de Oliveira, Nascida em Guaratinguetá-SP, filha adotiva de São José dos Campos-SP,  e contadora de histórias, Mirian Menezes de Oliveira lançou, em 2011, o livro de poesias “O cientista e a poeta”, pela Editora Triom, com patrocínio do CETRANS (Centro de Transdisciplinaridade), entidade da qual é membro. Mestre em Semiótica, Tecnologias de Informação e Educação – UBC – Mogi das Cruzes – SP.  Possui  também crônicas e poemas publicados em Antologias. Em 2013, foram 04 lançamentos. Com o fotógrafo Gilmar Dueñas possui o Projeto “Diálogo de Olhares” (articulação entre fotografias e poemas). Na extensão do trabalho, desenvolveu o Projeto “Trilha de Olhares” – Vernissage – 21 de setembro de 2012 - articulação entre poemas, fotografias de Gilmar Dueñas e esculturas em vidro de Tita Selicani (artista plástica). A próxima publicação individual: Memórias de Leitura, traduzida para o francês por Diva Pavesi, organizadora da Antologia  BRESIL EN SCENE, será lançada no Salão do Livro em Paris em março de 2014, pela REBRA (Rede de Escritoras Brasileiras), com participação de 40 escritores brasileiros.

 

“...Nessa exposição, alternamos as linguagens. Às vezes, trabalhamos somente com fotopoemas, outras vezes, inserimos o que denominamos “triálogo” (neologismo que nos agrada!), com as esculturas em vidro, de Tita Selicani. As exposições sempre são interativas e há sempre um novo olhar sobre o que produzimos.”

 

Boa Leitura!

 

SMC - Escritora Mirian Menezes para nós é um prazer ter você conosco no projeto “Divulga Escritor” Conte-nos em que momento você começou a usar seus textos em eventos? Como é trabalhar com fotos e poesias?

Mirian Menezes - Shirley Cavalcante, sinto-me honrada pela oportunidade de relatar, brevemente, uma trajetória que teve início numa brincadeira entre amigos. Conheço o fotógrafo Gilmar Dueñas há anos... Certa vez, nos candidatamos a um concurso, que contemplava projetos culturais. Não fomos contemplados, mas da iniciativa, nasceu a ideia de articulação entre fotografias e poemas. Muitas pessoas nos incentivaram na época e não sabíamos se publicaríamos um livro, ou realizaríamos a impressão, no formato de cartões postais... Enormes foram as dúvidas, entretanto o diálogo teve início. Houve impressão inicial de banners, e, dessa primeira etapa do trabalho, participaram mais 04 poetisas joseenses (Dyrce Araújo, Mirian Cris, Rita Elisa Seda e Érika Siqueira). A exposição tornou-se itinerante, em espaços culturais de São José dos Campos. Entre essa primeira experiência e o atual estágio de produção em que nos encontramos, houve o “vácuo”. Ficamos muito tempo sem produzir coletivamente! Criamos um blog, que será retomado, mas não o alimentamos, devidamente, por muito tempo... talvez por sermos da “geração X”!

Na verdade, retomamos, efetivamente, as produções em 2012, com a inserção de uma terceira artista no processo. Preciso destacar que, quando recebo uma fotografia de Gilmar, contemplo-a por horas ou dias e, desta contemplação, emerge um segundo olhar, por isso “Diálogo de Olhares”. O mais interessante dessa história é que, no ano já citado, conheci, através de Gilmar Dueñas, a artista plástica Tita Selicani, que trabalha, brilhantemente, com esculturas em vidro. O trio se “casou”. Em 21 de setembro de 2012, foi realizada a Vernissage: “Trilha de Olhares: Fragmentos da Mata Atlântica”, em parceria com o Instituto Eco-Solidário. Em 2013, pretendemos comemorar o aniversário dessa exposição e já trabalhamos o novo conceito.

 

SMC - Você hoje tem uma exposição permanente através do projeto “Diálogo de Olhares”, qual o objetivo deste projeto?

Mirian Menezes - Atualmente, temos uma exposição permanente, na Pousada Quintal da Prosa, em São Francisco Xavier, distrito de São José dos Campos. A família Ceruks foi grande incentivadora de nossas produções temáticas. Nessa exposição, alternamos as linguagens. Às vezes, trabalhamos somente com fotopoemas, outras vezes, inserimos o que denominamos “triálogo” (neologismo que nos agrada!), com as esculturas em vidro, de Tita Selicani. As exposições sempre são interativas e há sempre um novo olhar sobre o que produzimos.

 

SMC - Mirian você hoje realiza um trabalho de contação de histórias, conte-nos de que forma é feito e onde pode ser feito este trabalho?

Mirian Menezes - Trabalho na rede pública de ensino de São José dos Campos, num programa direcionado ao fomento à leitura, mas também realizo trabalhos voluntários, em diversas instituições. Já atuei na Biblioteca de São Paulo – Cruzeiro do Sul, aos domingos, desenvolvendo rodas de leitura, com públicos variados. Já fui convidada, não só por instituições ligadas à Igreja Católica, mas por outras denominações religiosas, para trabalhar com rodas de leitura, utilizando-me de diversas estratégias: teatro de fantoches, leitura compartilhada, contação de histórias. Também fui convidada, na 21ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, para contar histórias no stand da Volkswagen, pelo Projeto Entre na Roda (parceria entre o CENPEC, Fundação Poiesis e Fundação Volkswagen). Uma observação importante: as contações de histórias podem e devem ser realizadas em qualquer situação ou espaço, desde que haja predisposição dos interlocutores e um ambiente propício. Sou muito requisitada, nos finais de ano, nas festas em família, para realizar este tipo de atividade. Recebo intimações de meus sobrinhos.

 

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

Mirian Menezes - Em relação ao trabalho de contação de histórias, pretendo que as pessoas, de todas as idades, sejam felizes, que se beneficiem dessa arte milenar, seja em casa, entre os familiares, seja na Escola, em Bibliotecas, em ONGs, ou instituições religiosas. Já em relação ao meu trabalho como escritora, ressalto que, nos poemas e crônicas que escrevo, pretendo dialogar, com o ser humano que estiver disponível. Penso muito no leitor, na hora da criação. Tento me colocar no lugar dele e acho que minha experiência de vida sempre toca alguém... Sempre há uma identificação... a catarse.

 

SMC - Que tipos de poesia você apresenta em seu livro “O cientista e o poeta”? A quem você indica a leitura do livro?

Mirian Menezes - “O cientista e a poeta”, publicado pela Editora TRIOM, apresenta certa complexidade. É um livro que foi concebido para quebrar paradigmas. Possui uma organização diferente, o designer gráfico foi idealizado por Adriana Caccuri e as ilustrações e escrita à caneta bico-de-pena foram realizadas por Ricardo Chachá. A ilustração da capa e o desenho introdutório de três árvores se entrelaçando foram realizados por mim... Enfim, foi um livro escrito por muitas mãos... mistura ciência e poesia... o macro e o micro... física quântica... fala desde a expansão do universo, até o universo do átomo... fala da prostituta, do amor, da dor, do presidiário, da tempestade... um livro repleto de reticências e indagações... Os elementos coexistem e os versos não são, rigorosamente, metrificados... Penso que, se não há ainda a denominação que atreverei citar, gostaria de classificar meus versos como “caóticos” (combina com o conceito do livro).

 

SMC - Onde podemos comprar o seu livro?

Mirian Menezes - Há alguns exemplares na Livraria Maxsigma, no Shopping Vale Sul, em São José dos Campos - SP, na Pousada Quintal da Prosa, em São Francisco Xavier – SP e é possível também uma consulta pelo site da Editora TRIOM. Em relação às Antologias, acredito que pelo site da REBRA (Rede de Escritoras Brasileiras). Publiquei textos, por diversas Editoras, e a REBRA possui uma relação de livrarias. Pela SCORTECCI, há a “Antologia das Mulheres da Floresta” e “Palavras Desavisadas de Tudo”. É o que me lembro agora.

 

SMC - Escritora Mirian, hoje você participa da REBRA - Rede de escritoras brasileiras, que tipo de eventos literários vocês organizam? Quem pode participar dos eventos realizados?

Mirian Menezes - Nesse caso, sou uma das associadas e a coordenadora Joyce Cavalcante pode falar, com propriedade, sobre a estrutura da REBRA. Aproveito a ocasião para parabenizar Joyce pelo excelente trabalho. A REBRA foi um divisor de águas em minha vida.

Página na REBRA: https://rebra.org/escritora/escritora_ptbr.php?id=1794

 

SMC - Que dificuldades você encontra para a publicação de livros? Em sua opinião, o que deve ser feito para amenizar estas dificuldades?

Mirian Menezes - Pergunta difícil. Acho que, além da luta, para o estabelecimento de políticas públicas de incentivo ao escritor, temos que cultivar a humildade suficiente, aproveitando todas as oportunidades de divulgação dos trabalhos realizados. Considero a participação em Antologias e Concursos Literários de grande importância. O escritor, no início de suas publicações, precisa investir na divulgação, principalmente, em seu entorno. As parcerias também fortalecem os escritores! Amo meus parceiros!

 

SMC - Quais seus próximos projetos literários?

Mirian Menezes - Há previsão de realização de outra Vernissage, envolvendo fotografias, poemas e esculturas em vidro. Nesse caso, cito, novamente, Gilmar Dueñas e Tita Selicani. Futuramente, pretendemos articular outras linguagens ao nosso trabalho: música,  dança... Ainda estamos no plano dos sonhos...

Acredito ainda, que se Deus quiser, lançarei outro livro de poemas, pois ele já se encontra, praticamente, finalizado.

 

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto “Divulga Escritor”, muito bom conhecer melhor a Escritora Mirian Menezes de Oliveira, que mensagem você deixa para nossos leitores?

Mirian Menezes - Leiam o mundo, leiam a vida, leiam a si mesmos e não deixem jamais de lutar por seus sonhos!

Muito obrigada, Shirley Cavalcante, pela grande oportunidade! Abraço fraternal a todos!

 

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