MITO DE ARIADNE REVIVIDO NO 5ºC
MIRIAN MENEZES DE OLIVEIRA
Tal qual Ariadne, que se utilizando de fios, percorreu os labirintos de Creta, libertando seu amado, “aprisionado” pelo Minotauro, desde o episódio da “cadeia alimentar”, pela janela da sala, situações interessantes têm ocorrido no 5º ano C. Observo todos os estudantes da classe, todos os dias, e penso que cada um é um “livro vivo”. Já pensei em escrever uma crônica para cada ser humano, que compartilha a sala 12 comigo, durante o período da tarde, mas penso que levarei um tempinho para conseguir isso. Preciso de, no mínimo, 32 crônicas de imediato e o processo de criação não ocorre de maneira imediatista. Primeiro, sentimos grande (ou pequena) inspiração, depois trabalhamos em cima do texto que desejamos escrever... Quando falamos de crônicas, é importante ressaltar que, de situações cotidianas, surgem reflexões e desdobramentos de ideias.
Confesso que, após o grande aprendizado coletivo, proporcionado por Rafael e demais estudantes do 5º C, na tarde em que visualizaram a caçada da abelha pela janela, uma semana após o ocorrido, tive o prazer de ouvir Murilo, lendo, espontaneamente, o trecho de uma reportagem retirada de uma revista científica. Ao ouvir os relatos de vida, pronunciados naquela reportagem que tratava sobre a tragédia ocorrida, em Hiroshima e Nagasaki, em 1945, teci uma rede de conhecimentos em minha mente e acredito que os estudantes espertos da classe também o fizeram.
Que coisa impressionante é a construção do conhecimento! Realmente, ele se dá em rede ou “redes” e quem tece esses conhecimentos somos nós!
Esta crônica teve início com o Mito de Ariadne, porque, ao contrário da aranha que enredou a abelha na teia, como presa, cumprindo seu papel na natureza, Ariadne teceu com fios a saída do labirinto.
E nós? Com nossos questionamentos somos capazes de descobrir novos mundos, novos fatos, novas formas de viver?
Decidimos abrir um “caderno de perguntas”, pois grandes questões geram sempre uma atitude de busca e “pesquisa”.
Após a bela leitura realizada por Murilo, com direito à visualização de fotografias da revista e “tudo o mais”, feliz, pude verificar a estreia do caderno, com as primeiras questões levantadas por João Paulo, Kaylane Alves e Henrique:
1. Como as baratas sobreviveram à Bomba Nuclear? Sobreviveram?
2. O que aconteceu com o sangue das pessoas?
3. Como a Bomba caiu?
Não é fantástico? Sempre digo: grandes questões geram uma atitude de “busca” ao conhecimento.
Vejam só... temos mais uma crônica!
Obrigada, Murilo!
Obrigada, estudantes do 5º ano C!
Querem mais?