Mulher, sexo frágil?
Nós homens, em geral, somos mais fortes do que a mulher fisicamente.
Numa luta corporal, dificilmente perderíamos.
Emocionalmente também somos muito mais “duros”.
Conseguimos esconder melhor nossos sentimentos e emoções.
Homem não chora. Isto ele aprende muito bem e desde pequeno.
Porém, forte mesmo é a mulher.
É ela que sofre as dores do parto, a qual, dizem os entendidos, nenhum homem suportaria.
Ou passa pelas cesarianas e se recupera e rapidamente está cuidando da casa e dos filhos.
Ela sofre, muitas vezes, suportando maridos machistas.
Percebo que alguns são incompetentes, inseguros e, por isto, cheios de complexos.
E descarregam toda a sua frustração sobre a sua mulher.
Conheço muitos casais cuja história me permite concluir que:
Se ela é inteligente, competente, se faz sucesso no trabalho e na sociedade, coitada! Se é dependente financeiramente, aí, meu Deus, “sai de baixo”.
O cara deita e rola. Diz que é ele quem manda porque é quem traz dinheiro pra casa.
Este é o argumento mais triste, que revela o quanto o sujeito é insensível. Alguns aproveitam até a diferença de força física para diminuir a mulher.
Porém, não culpo só o homem por tudo isto.
Quem inventou a história de que a mulher é a “rainha do lar”?
que a mulher é o “sexo frágil ”?
que ser mãe é padecer no paraíso?
que a “mulher é anjo”?
endeusou a mulher?
criou a cultura do cavalheirismo?
Por que só é chamado “cavalheiro” o homem que abre portas pra mulher?
Por que só é chamado fino o homem que estende um tapete a ela?
É por que elas gostam disto.
Quem inventou tudo isto fomos nós homens.
O homem inventou isto para dominar as mulheres e elas não perceberam.
Enquanto elas acreditaram que eram “estas coisas todas”, elas aceitaram tudo que o homem quis fazer.
Elas não perceberam que qualquer tratamento diferenciado dado a uma mulher que não seja o respeito devido a uma filha de Deus é machismo. É enrolá-la.
É passar mel na boca dela.
Foi isto que nós homens fizemos durante muitos séculos e as mulheres caíram feito patinhas.
Elas gostavam.
Elas sempre gostaram de ver o homem carregá-las tendo ele os pés na lama e elas não sujassem os pezinhos.
Nunca reclamaram disto.
Tantos poetas cantaram a “angelicaleza”, a “fragilidade”, a “pureza”, a “beleza” e outras “ezas” da mulher num exacerbado romantismo e a literatura está repleta destes poemas.
Como alguém que é carregada, recebe flores, é endeusada, é sexo frágil, sofre por ser mãe, em suma, recebeu de Deus mais “castigos do que bênçãos” (entre aspas) pode não ser um ente inferior?
Pois foi esta ideia que o homem passou para a mulher durante séculos e ela aceitou.
Ela quis a comodidade em troca de submissão.
Percebi que em nenhum livro do mundo, seja ele de que época for, está escrito que um sexo é melhor, menor ou mais frágil do que o outro.
Na Bíblia, muito menos.
A Bíblia é cheia de exemplos de heroínas que lutaram, lutaram, lutaram, como Maria Mãe de Jesus, Débora, a juíza, Rute, a Moabita, Éster, a plebeia que se tornou rainha, a filha de Jefté, sacrificada virgem e consciente por um compromisso de seu pai com Deus, Raquel que socorreu Jacó, Priscilla, que socorreu Paulo, Maria Madalena, que foi enfrentar o “constrangimento (entre aspas)” de ungir o corpo de Jesus, as filhas de Ló, que toparam incesto para garantir a descendência do pai.
De outro lado tem as mulheres do mal como Jezebel, Salomé, Herodise; mulheres fracas como Eva e a mulher de Ló, vitimas como Tamar, Lia e tantas outras.
Só posso concluir que homem e mulher são complementos. São o côncavo e convexo. Deus nos fez homem e mulher. Está no Gêneses. Homem sem mulher não é nada. Mulher sem homem nada é.