pintura de Amy Dine
Na serra
Vagueio solitário pela terra,
E cedo alcanço o vale dos perdidos
Silencio... tudo é calmo lá na serra...
E sento-me a ouvir os seus gemidos
A águia no seu voo estonteante
Mergulha pela névoa matutina
E com olhar fugaz e penetrante
Perscruta o alimento, peregrina
Do seu covil a loba parda grita
Em estridente uivar e a turba aflita
Porfia o seu refugio com temor
E nesta intensa luta, prova a prova,
A vida se transforma, se renova,
Ditando as suas regras com rigor!
José Sepúlveda