Natal na minha aldeia
Saudades dessa minha eterna aldeia
Perdida num recanto, lá no Minho...
A natureza as vezes nos premeia
Fazendo-nos lembrá-la com carinho
Como era bom entrar, a casa cheia,
A árvore, os enfeites de azevinho
E na lareira o fogo que se ateia
Pra dar maior conforto ao nosso ninho!
O pai Armando, alegre, dava o mote
E toda a pequenada ia a reboque
Cantando com louvor ao Deus-Menino...
E quando a noite vinha, já sem luz,
Ansiosos esperámos Jesus
Co'as prendas para o nosso sapatinho!
José Sepúlveda