NATÁLIA LENHARD nasceu no Bom Fim que é o interior da cidade de Cruzeiro do Sul-RS. Esta cidade se situa 126 km de Porto Alegre. Natália é bisneta de imigrantes alemães, que chegaram ao Brasil por volta de 1847. Filha de Roberto Eugênio Lenhard e Anilla Backes Lenhard que eram agricultores católicos. Estudou no Colégio Santa Terezinha e Ginásio Santa Terezinha de sua cidade natal. O segundo grau cursou no Colégio João Batista de Mello de Lajeado-RS. No terceiro grau cursou Administração de Empresas pela Faculdade Cândido Mendes-RJ. Enquanto morava com seus pais trabalhou na roça. Mas como almejava algo mais para sua vida, foi em busca de novas oportunidades e de início trabalhou de balconista, depois, atendente de enfermagem no Hospital da cidade de Estrela-RS e posteriormente deixando a área da saúde, mudou-se para Porto Alegre e posteriormente para o Rio de Janeiro onde trabalhou de recepcionista, telefonista, secretária e analista de RH. Ao completar 50 anos se aposentou. Sempre gostou de ler e, estimulada por seu companheiro, Carlos Jaimowitz, falecido em 2004, que era descendente de judeus, decidiu seguir o caminho da ficção e publica agora seu primeiro romance.
“Afinal, sempre procuramos voltar para algum lugar. Quando adultos, algumas vezes não pensamos em voltar a ser crianças? Se deixamos a cidade Natal, desejamos voltar, mesmo que em visita, e assim sucessivamente”
Boa Leitura!
SMC - Escritora Natália é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em que momento você pensou em escrever o seu romance “Se um dia eu voltar”?
Natália Lenhard - Como sempre gostei muito de ler de tudo. Meu marido falecido em 2004, era judeu e através dele tive um pouco mais de conhecimento sobre esta cultura, bem como tive contato com vários sobreviventes da 2ª Guerra e li vários livros sobre o assunto. De repente, começaram a brotar idéias em minha mente e comecei a escrever ao acaso e pedi para meu marido ler e ele achou bom. Então continuei. A inspiração veio depois de ler sobre o assunto e ouvir relatos de sobreviventes do holocausto. Fiquei emocionada com o sofrimento deste povo. Então resolvi escrever sobre o tema de forma a tentar alertar o povo em geral para que nunca mais haja este tipo de terror.
SMC - Como foi a construção do personagem “Karin Hemann”?
Natália Lenhard - Dei voz a “vida” de Karin Hemann através de sua amiga Cintia com a qual trabalhava e em momentos vagos Karin contava sua história. Construí a personagem de forma que ela tinha que ser uma pessoa responsável desde a infância. Ela seguia a risca todos os ensinamentos de seus mestres, que eram seus pais, padrinhos e principalmente os livros, de onde adquiriu grande sabedoria desde a mais tenra idade. Mesmo com tantos atributos, aprendeu a se manter humilde, a respeitar as diferenças e amar ao próximo, sendo este próximo humano ou não.
SMC - Em que momento foi definido o Titulo “Se um dia eu voltar”? Conte-nos como surgiu o Titulo.
Natália Lenhard - O título foi escolhido no final da obra. Os pais de Karin vieram fugidos da Alemanha e, no momento em que o Brasil entrou em guerra, Jacob, pai de Karin, quis voltar à Alemanha para lutar contra os nazistas.
Karin e um grupo de pessoas ficaram perdidos numa ilha. Lutaram para sair daquele lugar e voltar para casa.
E foi isso. Como em vários momentos os personagens principais quiseram voltar para seu lugar de origem, decidi, escolher “SE UM DIA EU VOLTAR” como título. Afinal, sempre procuramos voltar para algum lugar. Quando adultos, algumas vezes não pensamos em voltar a ser crianças? Se deixamos a cidade Natal, desejamos voltar, mesmo que em visita, e assim sucessivamente
SMC - Onde podemos comprar o seu livro?
Natália Lenhard - No site da editora
https://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?new=10&lang=pt_BR&codigo_produto=840&codigo_marca=0 e em algumas livrarias espalhadas por todo o Brasil.
ou
Através de meu e-mail: natalialenhard@yahoo.com.br
SMC - Escreves em outros segmentos além de romances?
Natália Lenhard - Sim. Tenho um livro de poesias ainda não publicado, com mais de 30 poemas.
Alguns editoriais publicados em jornal local. Textos estes sempre focando a preservação da natureza e conscientização no trato com os animais.
SMC - Natália pensas em publicar um novo livro? Quais os seus principais objetivos como escritora?
Natália Lenhard - Sim. Já tenho o esboço de um próximo livro. No momento estou fazendo pesquisas e amadurecendo idéias. Meu objetivo é passar mensagens de paz, e desta forma quem sabe poder fazer as pessoas sonharem e acreditarem que podem melhorar. Basta crerem.
SMC - Quais escritores são as suas referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você?
Natália Lenhard - Adoro José de Alencar – Gosto tanto que li “O Guarani” 3 vezes. Adorei ler Lucíola, O tronco do Ipê, A Viuvinha, Iracema – todos livros fantásticos
J.G.Jorge de Araújo Jorge – no livro “Amo” li as mais belas poesias de minha vida.
Tornaram-se referência pela maneira romântica de ver as coisas simples e descrevê-las com tamanho amor.
SMC - Quais os seus principais hobbies?
Natália Lenhard - Ler, fazer palavras cruzadas, ver TV, assistir filmes (musicais, comédias, romances).
SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?
Natália Lenhard - Tornar mais fácil a divulgação da imprensa escrita e falada para ensinar as pessoas que ainda não descobriram os livros a gostarem de ler.
SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor a Escritora Natália Lenhard, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Natália Lenhard - Agradecendo a vocês por esta importante oportunidade de me expressar aqui nesta entrevista. E quero dizer que ler é ampliar seus horizontes. Ler é viajar por mundos inimagináveis sem que teu corpo precise se locomover. É deixar a mente vagar até o infinito somente na companhia de um bom livro.
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