O AMBIENTE ESCOLAR
Tânia Dantas
A escola está longe de ser considerada um lugar acolhedor, em que o aluno possa expressar livremente seus pensamentos, bem como manifestar sua identidade, sem que venham a sofrer algum tipo de coação ou mesmo de discriminação. Esse cerceamento da autonomia do sujeito interfere negativamente no processo educativo.
Em geral, exige-se do aluno que assuma uma postura passiva em sala de aula, evitando que o mesmo possa expressar algum tipo de questionamento a respeito da realidade em que está inserido.
O ideal seria que o ambiente escolar se configurasse como espaço de socialização do conhecimento, e, por esta razão, aberto à ocorrência de verdadeiros diálogos, em que interlocutores se percebem como protagonistas do processo educativo.
Pensando em uma perspectiva de construção de saberes e de sujeitos por meio da linguagem, a interação verbal é elemento chave. Neste contexto, cabe a escola o papel de trabalhar adequadamente a funcionalidade da língua, levando o aluno a compreendê-la como um instrumento de interação social. Portanto, a cada situação comunicativa, inserida em contextos sócio-históricos diversos, corresponde um sentido específico da palavra e dos enunciados.