O Beijo e a Flor - por Elair Cabral

O Beijo e a Flor - por Elair Cabral

O BEIJO E A FLOR

 

Beijava, e deleitava-se  a sentir o doce

Um néctar ali nascido, uma vida a espera

Uma concepção em evolução para a entrega

Submissa? Não! Mas era como se fosse...

 

Dele, fluía o encantamento, o sentir

Dela, uma felicidade por tê-lo no colo

Orgulhosa, por envaidecer o árido solo

Um louvor por amar, aconchegar... Existir

 

Ele... Beneficiado pelo circuito lógico

Tomou consciência da beleza narrativa

Tramas... Escritor, leitor o papel e a tinta,

Ou, tudo se funde num mesmo propósito?

 

Encantar na forma delicada do sublime amar

 Distante das ambiguidades, livre de paradoxos

Apenas sentir o sublime, o encantado desabrochar

Em espirais espinhos que inspiram invólucros

 

Ela com seu doce mel, às vezes imagina ser surreal

Sentimento sedimentado em arquitetura apoteótica!

Não denomina rascunho inacabado, nem ilusão de ótica

Excitante momento de entrega, fogo... Para a razão, fatal

 

Contemplam do nascer, viver, plantar, colher, a virtude

O fogo sobre deuses mortais com a escritura do humano

Garimpando focos de esmigalhados afagos levantando o pano

Apenas sentir o saboroso néctar, o beijo quente... Plenitude!

 

Elair Cabral

25/04/14

 

publicado em 04/05/2014

 

 

 

 

 

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