Ó Liberdade!
Em busca de uma identidade
O que é ser, na verdade?
Não passa dessa simetria
Queria poder nessas entrelinhas
Tocar-te, ó Liberdade,
Em pensamento
E saber que cada momento
Que vivemos às escondidas,
Ora audáz, ora sem medo,
Ora partilhando os mesmos segredos!
Hoje neste abandono,
Nesses caos urbano!
Cão miserável,
Cão sem dono,
Peregrinando pelas calçadas
Nas ruelas esburacadas,
Sem carinho
Vai latindo pelo caminho!
Quem dera, embriagar-se
Nos teus braços, ó Liberdade,
Usufruir de suas virtudes
Esquecer todas as maldades,
Caminhar com segurança
Em plena tempestade!
Nos anseios de outrora
Hoje grita, perdendo a hora,
Sem você, ó Liberdade,
É difícil viver a verdade!