O prazer de ler um bom livro - por Rogério Araújo - Rofa

O prazer de ler um bom livro - por Rogério Araújo - Rofa

O prazer de ler um bom livro

Rogério Araújo (Rofa)

 

Muita gente tem aversão a ler. Talvez porque não aprendeu a decifrar bem as letrinhas e tem dificuldade com a leitura, além da compreensão pelo pouco vocabulário que possui.

Agora, quem gosta de abrir um livro, passar suas páginas uma a uma e ler, envolvendo-se com a história, viajando pela imaginação, reportando-se às personagens, interagindo com elas – eis um prazer inigualável.

Existem inúmeros gêneros de texto e para todos os gostos. Uns amam poesia, outros adoram contos, sem contas nos que querem pensar nas crônicas e poucos estudar mais a fundo nos ensaios. E ainda tem o mix de gêneros um dentro do outro que também têm seu valor e admiradores.

Hoje em dia tem todo tipo de livro que se imagina. Biografias, quando exemplos de vidas são contados para nosso crescimento, embora muitos sejam pessoais e familiares ao extremo; autoajuda, que como o nome diz, se propõe a dar uma mãozinha na vida das pessoas que vendem milhões de exemplares como se resolvessem os problemas do leitor; ficção ou romance, para quem deseja viajar, sonhar, dar asas à imaginação; debatedor, que leva o leitor à reflexão de temas relevantes e que servem de alerta para sua vida.

O interesse é pessoal. Uns amam um determinado gênero e outros o odeiam. E não tem nenhum mal nisso, porque gosto não se discute. O que realmente importa é ler e de verdade, não apenas passar os olhos nas palavras, folhear páginas, sem se dar conta do poder que está em suas mãos, de voar como águias rumo ao infinito.

Quando criança, eu lembro que gostava muito de ver figuras, desenhos, nos livros infantis, mas ler que é bom nada ou muito pouco. Coisa da idade mesmo, mas que pode (e deve) ser um pouco substituído por “imagens” na forma escrita que transcendem as letras e levam à fantasia, ao fazer a mente criar situações, como se estivesse na história.

Pegar um livro de ficção, por exemplo, com mais de 500 páginas para ler, sendo o título em best seller é algo raro, mas incrivelmente saboroso e realizador. Afinal, a vida não pode ser feita apenas de “realidade”, a invencionices ou a irrealidade é necessária. Os mais antigos até dizem que é uma grande bobagem e perda de tempo, mas não é, tanto que faz um bem enorme para arejar a cabeça, esquecendo momentaneamente dos problemas, sendo um lazer bem interessante.

Ler por ler não vale nem a pena. Quando alguém quer bancar o intelectual apenas para dizer que é culto ou gosta de ler, no fundo não cumpre o papel primordial do livro: envolver o leitor e fazê-lo pensar e assimilar o que ali está escrito. Palavras não são meras palavras, mas algo profundo e não raso com a beira de uma praia. Pode ir e vir, com as ondas, mas pode nos derrubar e afundar para repensar a vida.

E, em tempos de modernidade, em que até o papel é substituído, vez ou outra, por equipamentos como tablet, ipad, smartphones, dentre outros, o livro não fica “ameaçado” de acabar como muitos dizem, pelo contrário, tende a ser ampliado e existir em formatos diferentes, mas de grande valia, como os e-books.

Bill Gates, dono da Microsoft, que programou alta tecnologia nos computadores que mudou o rumo do mundo, disse, certa vez: “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história”.

Uma grande verdade, sim. Quer ler uma obra em edição digital ao invés de impressa? Leia. O que não pode é ficar sem ler nada por preguiça e deixar de crescer e usufruir do prazer e ler um bom livro.

Um forte abraço do Rofa!  

 

 

 

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