O TAL DO AMOR
Eu pensei que esquecesse fácil. Era só dizer que não queria mais e pronto. Era uma vez. O amor às vezes é complicado. Amar nem sempre é fácil e nem sempre trás felicidade. Talvez seja o tal do apego. Aí misturado com o orgulho, pronto. TNT, dinamite pura. O estrago é sentido na pele. O rosto esmorece. Os olhos não param de chorar. O coração aperta. Sofre. E todos aqueles sentimentos indesejados são despejados como avalanche.
Ciúme inveja, despeito, mágoa. Todas as dores que não se deseja assombram. Perturbam a alma. Então, será amor mesmo? Por que dizem que o amor é bom. Não maltrata, não causa dor e nem sofrimento. Então que sentimento é esse que quando não correspondido destrói tudo por dentro?
Tudo bem que devemos gostar da gente. O tal amor-próprio. Mas não tem estima que se levante depois de tantas decepções. Concordo que alguma atitude deve ser tomada. Eu entendo que ninguém é responsável pela felicidade do outro. Ser feliz é responsabilidade nossa só nossa. Mas como sorrir após descobrir que aquele que se ama ou somos apegados não nos quer? Como sorrir ao ver aquele por quem somos apaixonados se apaixonando por outra pessoa?
Perguntas difíceis que eu não sei a resposta. É tudo questão de tempo. Bem o sei. Tudo nessa vida passa. Nada é eterno, verdade. Se bem que é sabido da teoria do tempo. A tal da relatividade. Ela é real, existe. Têm horas que o tempo passa correndo, quando estamos felizes, por exemplo. Nem o vemos passar. Agora nos momentos de tristeza e solidão, até os minutos se arrastam. Levam horas para passar.
O importante é buscar a tal da felicidade. Não importa onde ela possa estar. Ela sempre vai ser encontrada dentro da gente. Um clichê é verdade. Mas as verdades são encontradas nos clichês da vida. Por tanto, se o amor está doendo. Ele é qualquer coisa, menos amor. Choremos então, nos descabelemos. O tempo que for necessário. Mas que este tempo seja o mais breve possível. Lição importante da vida. A lágrima é muito preciosa para desperdiçarmos com quem não merece.