O VENTO
O vento que me acode
vem de longe,
lá do leste;
e no caminho apaga
todos os traços
das costas do tempo,
riscado pela pena do homem,
que não para,
que não pensa,
que só age e apensa,
que zomba da vida,
assim como a morte brinca
de desmanchar a eternidade.
O vento que me acolhe,
traz sabores exóticos,
vem de longe e carrega
no seu bojo enlocado,
volteios acrobáticos,
e sabedoria cabalística.
O vento que me encolhe,
transporta umidade,
aconchego e humildade.
Ele veio pra ficar;
ficar na lembrança
do mortal passageiro,
de tempo ligeiro
que nunca aprendeu
a fincar raízes,
nem na terra,
nem no ar.
O vento que me alcança,
enche meus pulmões
de alegre viver,
de rugir no prazer
do regozijo da
coisa consumada,
nos lençóis da
esperança aclamada.
O vento que me abraça
é fruto divino
onde enterro
meus caninos,
e sangro cada momento
de conquista e glória,
como se tudo se resumisse
a lutas e vitórias.
AH!
O vento que me ama...
Anchieta Antunes - Abril/01/2016.
O VENTO
O vento que me acode
vem de longe,
lá do leste;
e no caminho apaga
todos os traços
das costas do tempo,
riscado pela pena do homem,
que não para,
que não pensa,
que só age e apensa,
que zomba da vida,
assim como a morte brinca
de desmanchar a eternidade.
O vento que me acolhe,
traz sabores exóticos,
vem de longe e carrega
no seu bojo enlocado,
volteios acrobáticos,
e sabedoria cabalística.
O vento que me encolhe,
transporta umidade,
aconchego e humildade.
Ele veio pra ficar;
ficar na lembrança
do mortal passageiro,
de tempo ligeiro
que nunca aprendeu
a fincar raízes,
nem na terra,
nem no ar.
O vento que me alcança,
enche meus pulmões
de alegre viver,
de rugir no prazer
do regozijo da
coisa consumada,
nos lençóis da
esperança aclamada.
O vento que me abraça
é fruto divino
onde enterro
meus caninos,
e sangro cada momento
de conquista e glória,
como se tudo se resumisse
a lutas e vitórias.
AH!
O vento que me ama...
Anchieta Antunes - Abril/01/2016.