Oh, Mar!
Lorena Zago
Contemplando a sapiência
Que ressalta dos teus movimentos,
Espraia-se a luz de tua essência,
Deixas-nos em transe a observar-te!
Tamanha magnitude desnuda-se aos olhares humanos,
Perfilando na passarela que contorna-te em ondas fagueiras,
Tangendo léguas silenciosas em anseios,
Que desfilam nobres em tuas brancas espumas,
Atribuindo lembranças caladas,
De momentos áureos comungados.
Olhares que se cruzam,
Emergem sutis energias
De compreensão, amor e paixão.
Tempos idos, lembranças marcantes....
O pulsar nos corações humanos
Transcendem os sentimentos silenciados,
Ainda que o tempo e a distância,
Pretendam sublimar a essência calada,
Constituída na intrépida várzea fluída,
Dos mares distantes.
Em bálsamo
Soma-se a silenciosa energia que pulsa
Em humanos corações,
Buscando em telepatia a mesma frequência,
Que ora manifesta-se em descompasso,
Primando por um instante que seja,
O seu amor retornar.
És tão majestoso e,
No entanto, tão singelo!
Emprestas a cada humano
As tuas águas a banhar-se,
Aceitas todas as sensações,
Sem jamais te esquivar,
És um exemplo de aceitação e humildade,
Mesmo quando a tua grandeza e magnificência se revelam.
Não te fazes mais soberano sob a luz do luar,
Ainda que a tua beleza se estenda ao Universo a admirar.