As ondas brancas do mar quebram-se espumosas e agonizam entre as pedras disformes, gigantes dos rochedos. As outras preferem adormecer, sob o canto do mar, na areia branquinha que se expande, ao longo da praia. É... São escolhas distintas!
Da mesma forma, a vida também oferece opções. Uns seguem os rochedos, enquanto outros se decidem pelo caminho macio da areia e deixam marcas a serem seguidas, por quem não quiser se perder em meio a frieza das pedras.
Enquanto umas estouram violentas, outras contrapõem-se suaves; carregam conchas coloridas e sonhos de navegantes, que se iludiram de amores, em sonhos frustrados; ou iludiram donzelas crédulas e inocentes. Coisas do amor e do desamor. Inerentes aos seres humanos. Racionais?
Enquanto isso, um casal de namorados, caminha abraçado. Descalços seguem pisando as ondas que desmaiam aos seus pés, sem se importarem com o mundo-ciranda sempre a rodar.
Permitem-se amar de verdade, em sonhos futuros. Arriscam seu tudo, sem medo do jogo perderem. Para eles, não existem cartas marcadas ou que se possam enconder em mangas intrusas.
Pano de fundo, esse cenário faz-se o palco das ondas da vida. Nesse ato, seguem inebriados em seus próprios sussurros ao cochicho do mar.
Lateja o amor. Acorda a paixão com o doce gosto de sal. Abraçam e seguram seus mundos, não os permitindo quebrarem e nem adormecerem como as ondas do mar.
Importa, apenas, se amarem e se completarem, no que pode ser apenas o último ato e da última cena o último instante...
publicado em 17/06/2014