ONDE ESTÃO AS BORBOLETAS?
(CRÔNICA A UM AMIGO)
Engana-se quem pensa que esta crônica é uma resenha disfarçada. É certo que já escrevi algumas no universo acadêmico, mas confesso que não são o meu “forte”. Na verdade, gosto da liberdade das crônicas; textos que transitam entre o real e a ficção, capazes de despertar os mais diversos sentimentos.
Temos aqui uma crônica escrita (sob medida) a um amigo, que, recentemente, lançou um livro com este mesmo título: “Onde estão as borboletas?”
Bonito, não?!
Tive o prazer de escrever o Prefácio deste livro e faço questão de transcrever excertos de meus dizeres, nesse momento:
“Por tudo que pude observar da trajetória do escritor CARLOS NOVAES, acredito que este prefácio deveria se chamar CONGRATULAÇÕES, tendo em vista o grande esforço empreendido na realização de causas nobres. Identifico-me com a “garra” do autor, que acredita em um mundo melhor... sonha... e persegue ideais.. (...)”
O que me motivou a escrever esta crônica “sob medida” foi toda a luta que permeou a concretização desse livro.
O autor se questiona: “O que você faria, depois dos 60 anos de idade, que não conseguiu fazer antes?” Boa pergunta... certamente, sem resposta! E mais... Carlos sinaliza, na sinopse, que se trata “de uma história real... de uma luta solitária, como o a do cavaleiro de Cervantes!”
Quantas vezes, sentimo-nos “D.Quixote”? Falo por mim: ser que persegue moinhos de vento, ou seriam borboletas? Não sei! Possuo a insana “sanidade”, que me inspira palavras.
Talvez, com este autor, ocorra o mesmo!
Acredito que as singelas citações realizadas sejam suficientes, para o esboço dessas linhas, pois, realmente, o escritor é este ser que corre contra o tempo, ou com o tempo... possui uma história de vida, que se cruza com o fictício... é um ser de carne e osso, com cabeça nas nuvens... Talvez o escritor seja também um ser alado... que possui uma vida efêmera, alimentando-se de ideias eternas.
Como previa, não consegui escrever uma resenha. Esta, realmente, não era minha intenção!
Na escrita desse gênero híbrido, minha única pretensão foi exaltar a luta de um ser humano alado, porém com pés fincados no chão e, sinceramente, espero que o livro “Onde estão as borboletas?” seja apenas uma batalha do Cavaleiro de Cervantes, pois viver é isso, mesmo... vencer batalhas constantes: as visíveis e as invisíveis.
Sucesso, amigo!
Por você, ao invés de encerrar o texto, com um ponto de interrogação, ou reticências, como sempre faço, terminarei com um ponto de exclamação, para firmar minha admiração por esta luta! Parabéns!