Oralidade: clareando o instante da enunciação - por Tânia Dantas

Oralidade: clareando o instante da enunciação - por Tânia Dantas

Oralidade: clareando o instante da enunciação

 

As atividades que envolvem a língua falada nas aulas de Língua Portuguesa são muito enriquecedoras, uma vez que possibilitam aos alunos o aprimoramento de sua competência verbal, e uma oportunidade para que possam inteirar-se a respeito do valioso instrumento que é a modalidade oral da língua. As atividades orais em sala de aula levam os alunos a compreenderem melhor o espaço social em que vivem.

Segundo Bakhtin (2006), a língua falada consegue reunir, no momento da enunciação, os produtores do enunciado às suas intenções, já que o contato com o ouvinte é direto, sem intermediação. Desse modo, enunciados tradicionais [ou da cultura] dialogam com seus sujeitos, «clareando» o instante da enunciação.

Ainda que a comunicação espontânea possa interferir consideravelmente nas condições corporais do falante, constata-se que a mesma extrapola a dimensão linguística e prosódica, já que ela pode utilizar-se de elementos paralinguísticos, a exemplo de expressões faciais, gesticulação, acenos com a cabeça. É imprescindível que os usuários da língua dominem as singularidades da interação não verbal, a fim de melhor captarem o sentido dos enunciados.

 

Referência

Bakhtin, M. (2006). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 2006.

 

 

 

 

 

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